Mundo | 26 de julho de 2013

Tribunal de Contas francês quer reduzir exames laboratoriais

Relatório afirma que país poderia economizar milhões se diminuir a quantidade de análises
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O Tribunal de Contas da França apresentou um relatório, encomendado pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado, pedindo empenho dos biomédicos na redução dos custos com exames. Segundo os dados, seria possível reduzir 7,5% dos custos, o que equivaleria a um montante reembolsável na casa dos € 316 milhões para o governo e uma economia anual de € 220 milhões para os planos de saúde.

Para o jornal francês Le Figaro, o presidente do Sindicato dos Biólogos, François Blanchecotte, ressaltou que teme que esse corte tenha consequências sérias. Com quatro mil laboratórios filiados, , o presidente do Sindicato acredita que possa haver redução na atividade dos biomédicos por falta de rentabilidade.

“Nos últimos meses, nós estávamos negociando com operadoras e com o Ministério da Saúde, acordamos um plano para manter as despesas de reavaliação reembolsado em 0,50% ao longo dos próximos três anos. Isso já é um grande esforço, que não foi fácil de definir”, comentou.

O relatório “denuncia” a tendência de médicos em pedir mais testes já realizados pelos pacientes em alguma outra ocasião. Uma redução de 10% a 15% poderia economizar € 200 milhões a € 300 milhões. Um exemplo mostrado pelo documento do Tribunal de Contas é o aumento do número de testes como a dosagem de vitamina D. Em dez anos, o número de procedimentos aumentou 60%, enquanto o volume de todos os cuidados ambulatoriais aumentou 35%.

Nem só de críticas foi feito o relatório. Algumas propostas foram bem aceitas pelos biomédicos, como a elaboração de uma lista de exames de referência para cada doença, que será compartilhada por profissionais.

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