Política | 27 de agosto de 2020

Senado aprova nova prorrogação de metas SUS para hospitais

Projeto de autoria do deputado Pedro Westphalen segue para sanção presidencial
Senado aprova nova prorrogação de metas SUS para hospitais

O Senado aprovou na noite de 27/08 a prorrogação, até 30 de setembro, da suspensão de cumprimento de metas de hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Projeto de Lei 3.058/2020, de autoria do deputado federal Pedro Westphalen (PP/RS). Desde 1º de março, hospitais e outros prestadores de serviços de saúde estão desobrigados a cumprir as metas definidas pelos gestores do SUS devido ao impacto assistencial e financeiro gerado pela pandemia. O projeto vai agora à sanção presidencial.

Originalmente, a suspensão estava prevista na Lei 13.992/20, mas apenas por 120 dias, a contar de 1º de março de 2020. Essa norma teve origem no PL 805/20, apresentado pelo próprio deputado Westphalen, em resposta à crise causada pela pandemia de Covid-19, e foi aprovado por unanimidade na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, em regime de urgência. O novo projeto, agora aprovado nas duas casas legislativas, garantirá a certeza do repasse mensal às quase 3 mil instituições públicas e privadas de saúde do país que prestam serviços no âmbito do SUS. 

No modelo antigo, para receber a integralidade dos recursos, as instituições de saúde precisavam cumprir o número de procedimentos acordados. Entretanto, na pandemia do coronavírus com a suspensão das cirurgias e demais procedimentos diagnósticos e terapêuticos eletivos, tornou-se inviável a manutenção dos quantitativos.

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“Estou muito feliz com o resultado. Obtivemos uma vitória para a saúde – hospitais e população. Esse recurso é um fôlego para os prestadores de serviços em saúde durante essa pandemia sem precedentes. Continuaremos concentrando esforços e recursos para preservar a saúde da população”, declarou Westphalen.


O parecer da relatora, senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), foi pela aprovação do PL 3.058/2020, que segue agora para sanção do presidente da República.

Equilíbrio financeiro

Eliziane elogiou a proposta e destacou, em seu parecer, que “um dos graves problemas que atingem as instituições de saúde neste momento é a drástica redução do volume de procedimentos médico-assistenciais realizados, especialmente os de caráter eletivo, o que impacta fortemente o equilíbrio financeiro dessas instituições”.

Além disso, afirmou a senadora, esses serviços também enfrentam os custos adicionais advindos do atendimento aos pacientes com Covid-19 ou suspeitos de ter essa doença, além dos reajustes dos insumos e equipamentos de segurança. Isso torna o projeto muito oportuno, ressaltou ela.


“Nós recebemos, nos últimos dias, ligações das entidades filantrópicas do Brasil inteiro pedindo que o projeto fosse aprovado, sob pena de lhes trazer prejuízos ainda mais sérios” explicou.


senado

Organizações sociais

A relatora rejeitou as emendas apresentadas pelos senadores José Serra (PSDB-SP), Mara Gabrilli (PSDB-SP) e Leila Barros (PSB-DF) para incluir as Organizações Sociais de Saúde (OSS) no texto. Ao justificar a rejeição, Eliziane afirmou que há compromisso firmado pelo governo para agilizar a aprovação de outra proposta contemplando essas organizações. O novo projeto também poderá atender sugestão da senadora Simone Tebet (MDB-MS) para estender a suspensão das obrigações por ainda mais tempo: até o final do ano.


O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), confirmou o acordo. “De fato, o governo firmou um compromisso com a relatora para priorizar a tramitação de um projeto de lei que já se iniciou na Câmara dos Deputados. Esse projeto visa atender as organizações sociais e a questão da prorrogação do prazo até 31 de dezembro deste ano. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, também tem o compromisso de falar com Rodrigo Maia [presidente da Câmara dos Deputados] para que o processo possa tramitar de forma célere lá na Câmara. E daremos a priorização devida quando o projeto for encaminhado para o Senado Federal” disse Bezerra.


Com informações Agência Senado e Assessoria de Pedro Westphalen. Edição SS.



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