Estatísticas e Análises | 15 de junho de 2018

Sarampo no RS: cinco novos casos são confirmados em Porto Alegre

Já são seis casos da doença confirmados este ano no RS
Sarampo no RS cinco novos casos são confirmados em Porto Alegre

Na quarta-feira (13), foram confirmados cinco casos de sarampo em Porto Alegre. A confirmação foi feita pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), da Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS). O primeiro deles é uma estudante de 25 anos que esteve em Manaus, enquanto os demais são pessoas vinculadas a ela. Estão em investigação outros dois casos, ainda sem confirmação (um em Porto Alegre e outro em Vacaria), de pessoas relacionadas a esses casos. Em 2018, seis casos de sarampo já foram confirmados no RS. A primeira notificação foi de criança de um ano de idade, não vacinada, da cidade São Luiz Gonzaga, que se contaminou em viagem à Europa, local onde está ocorrendo um surto da doença.

As Américas foram consideradas livres de sarampo em setembro de 2016, após a ausência da circulação do vírus pelo período de 12 meses. O Brasil já possui 293 casos confirmados da doença, todos considerados importados ou relacionados à importação. Além do RS, a doença está presente em Roraima e Amazonas. Antes de ocorrer o processo de eliminação do vírus do sarampo, o último caso confirmado no estado foi em 1999. Em 2010, houve oito casos importados e em 2011 foram sete. Desde então, o estado não havia registro da circulação do vírus de sarampo.

Informações básicas, recomendações e prevenção

A doença viral é transmitida pela respiração, e os sintomas aparecem após 12 dias, que incluem: manchas avermelhadas na pele, febre, tosse e mal-estar. O sarampo requer cuidados e pode levar à graves problemas de saúde, como pneumonia, cegueira e inflamação do cérebro. A atenção ao sarampo é fundamental, porque a doença pode inclusive levar à morte.

A principal medida para prevenir a introdução e disseminação do vírus do sarampo é a vacinação da população suscetível, juntamente com a implementação de um sistema de vigilância de alta qualidade e sensível o suficiente para detectar de forma oportuna quaisquer casos suspeitos.

“Vacinar a população para manter uma cobertura homogênea de 95% com a primeira e a segunda dose da vacina contra sarampo, caxumba e rubéola em todos os municípios”, recomenda a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS). O organismo internacional também recomenda que as os países identifiquem a chegada de estrangeiros e fluxos internos dentro de cada país, para facilitar o acesso aos serviços de vacinação.

A vacina contra o sarampo está disponível desde 1963, em duas doses: uma aos 12 meses e a outra após três meses. A OPAS estima que atualmente 20,8 milhões de crianças ainda não tiveram sua primeira dose da vacina contra o sarampo. Em 2016, a região das Américas foi a primeira do mundo a ser declarada livre de sarampo pela OPAS, mas a doença está de volta no continente.

“Qualquer indivíduo que apresentar febre e manchas no corpo acompanhado de tosse, coriza ou conjuntivite deve procurar os serviços de saúde para a investigação diagnóstica, principalmente aqueles que estiveram recentemente em locais com circulação do vírus. Casos suspeitos devem ser informados imediatamente às Secretarias Municipais de Saúde ou para o Disque Vigilância, através do número 150”, alerta a SES/RS.

A Secretaria da Saúde do RS informa que a rede pública de saúde disponibiliza gratuitamente a vacina Tríplice Viral para a população de 12 meses a 49 anos de idade e para profissionais de saúde e demais pessoas envolvidas na assistência à saúde hospitalar.

São considerados vacinados:

– Pessoas de 12 meses a 29 anos que comprovem duas doses de vacina com componente sarampo/caxumba/rubéola;

– Pessoas de 30 a 49 anos que comprovem uma dose de Tríplice Viral;

– Profissionais de saúde independente da idade que comprovem duas doses de Tríplice Viral.

Saiba mais sobre o tema:

OMS alerta para surto de sarampo nas Américas

 

Com informações da Secretaria Estadual da Saúde do RS e OMS/OPAS. Edição do Setor Saúde.

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