Estatísticas e Análises | 8 de junho de 2018

Rio Grande do Sul registra caso importado de sarampo

Secretaria da Saúde também investiga casos suspeitos
Rio Grande do Sul registra caso importado de sarampo

O Rio Grande do Sul possui um caso importado de sarampo na cidade de São Luiz Gonzaga, região das Missões, confirmado pela Secretaria Estadual de Saúde do RS (SES/RS) na quarta-feira (6). Trata-se de uma criança de um ano, não vacinada, que se contaminou em viagem à Europa, local onde está ocorrendo um surto da doença.

Em Porto Alegre, cinco casos suspeitos estão sendo investigados, porém ainda sem confirmação. O primeiro suspeito tem histórico de viagem a Manaus, onde também há ocorrência de surto.

As Américas foram consideradas livres de sarampo em setembro de 2016, após a ausência da circulação do vírus pelo período de 12 meses. O Brasil já possui 104 casos confirmados da doença, todos considerados importados. Além do RS, a doença apareceu em Roraima e Amazonas.

Informações básicas, recomendações e prevenção

A doença viral é transmitida pela respiração, e os sintomas aparecem após 12 dias, que incluem: manchas avermelhadas na pele, febre, tosse e mal-estar. O sarampo requer cuidados e pode levar à graves problemas de saúde, como pneumonia, cegueira e inflamação do cérebro. A atenção ao sarampo é fundamental, porque a doença pode inclusive levar à morte.

A principal medida para prevenir a introdução e disseminação do vírus do sarampo é a vacinação da população suscetível, juntamente com a implementação de um sistema de vigilância de alta qualidade e sensível o suficiente para detectar de forma oportuna quaisquer casos suspeitos.

“Vacinar a população para manter uma cobertura homogênea de 95% com a primeira e a segunda dose da vacina contra sarampo, caxumba e rubéola em todos os municípios”, recomenda a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS). O organismo internacional também recomenda que as os países identifiquem a chegada de estrangeiros e fluxos internos dentro de cada país, para facilitar o acesso aos serviços de vacinação.

A vacina contra o sarampo está disponível desde 1963, em duas doses: uma aos 12 meses e a outra após três meses. A OPAS estima que atualmente 20,8 milhões de crianças ainda não tiveram sua primeira dose da vacina contra o sarampo. Em 2016, a região das Américas foi a primeira do mundo a ser declarada livre de sarampo pela OPAS, mas a doença está de volta no continente.

“Qualquer indivíduo que apresentar febre e manchas no corpo acompanhado de tosse, coriza ou conjuntivite deve procurar os serviços de saúde para a investigação diagnóstica, principalmente aqueles que estiveram recentemente em locais com circulação do vírus. Casos suspeitos devem ser informados imediatamente às Secretarias Municipais de Saúde ou para o Disque Vigilância, através do número 150”, alerta a SES/RS.

A Secretaria da Saúde do RS informa que a rede pública de saúde disponibiliza gratuitamente a vacina Tríplice Viral para a população de 12 meses a 49 anos de idade e para profissionais de saúde e demais pessoas envolvidas na assistência à saúde hospitalar.

 São considerados vacinados:

– Pessoas de 12 meses a 29 anos que comprovem duas doses de vacina com componente sarampo/caxumba/rubéola;

– Pessoas de 30 a 49 anos que comprovem uma dose de Tríplice Viral;

– Profissionais de saúde independente da idade que comprovem duas doses de Tríplice Viral.

 Saiba mais sobre o tema:

OMS alerta para surto de sarampo nas Américas

 

Com informações da Secretaria Estadual da Saúde do RS e da OPAS/OMS. Edição do Setor Saúde.

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