Rio Grande do Sul registra caso importado de sarampo
Secretaria da Saúde também investiga casos suspeitosO Rio Grande do Sul possui um caso importado de sarampo na cidade de São Luiz Gonzaga, região das Missões, confirmado pela Secretaria Estadual de Saúde do RS (SES/RS) na quarta-feira (6). Trata-se de uma criança de um ano, não vacinada, que se contaminou em viagem à Europa, local onde está ocorrendo um surto da doença.
Em Porto Alegre, cinco casos suspeitos estão sendo investigados, porém ainda sem confirmação. O primeiro suspeito tem histórico de viagem a Manaus, onde também há ocorrência de surto.
As Américas foram consideradas livres de sarampo em setembro de 2016, após a ausência da circulação do vírus pelo período de 12 meses. O Brasil já possui 104 casos confirmados da doença, todos considerados importados. Além do RS, a doença apareceu em Roraima e Amazonas.
Informações básicas, recomendações e prevenção
A doença viral é transmitida pela respiração, e os sintomas aparecem após 12 dias, que incluem: manchas avermelhadas na pele, febre, tosse e mal-estar. O sarampo requer cuidados e pode levar à graves problemas de saúde, como pneumonia, cegueira e inflamação do cérebro. A atenção ao sarampo é fundamental, porque a doença pode inclusive levar à morte.
A principal medida para prevenir a introdução e disseminação do vírus do sarampo é a vacinação da população suscetível, juntamente com a implementação de um sistema de vigilância de alta qualidade e sensível o suficiente para detectar de forma oportuna quaisquer casos suspeitos.
“Vacinar a população para manter uma cobertura homogênea de 95% com a primeira e a segunda dose da vacina contra sarampo, caxumba e rubéola em todos os municípios”, recomenda a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS). O organismo internacional também recomenda que as os países identifiquem a chegada de estrangeiros e fluxos internos dentro de cada país, para facilitar o acesso aos serviços de vacinação.
A vacina contra o sarampo está disponível desde 1963, em duas doses: uma aos 12 meses e a outra após três meses. A OPAS estima que atualmente 20,8 milhões de crianças ainda não tiveram sua primeira dose da vacina contra o sarampo. Em 2016, a região das Américas foi a primeira do mundo a ser declarada livre de sarampo pela OPAS, mas a doença está de volta no continente.
“Qualquer indivíduo que apresentar febre e manchas no corpo acompanhado de tosse, coriza ou conjuntivite deve procurar os serviços de saúde para a investigação diagnóstica, principalmente aqueles que estiveram recentemente em locais com circulação do vírus. Casos suspeitos devem ser informados imediatamente às Secretarias Municipais de Saúde ou para o Disque Vigilância, através do número 150”, alerta a SES/RS.
A Secretaria da Saúde do RS informa que a rede pública de saúde disponibiliza gratuitamente a vacina Tríplice Viral para a população de 12 meses a 49 anos de idade e para profissionais de saúde e demais pessoas envolvidas na assistência à saúde hospitalar.
São considerados vacinados:
– Pessoas de 12 meses a 29 anos que comprovem duas doses de vacina com componente sarampo/caxumba/rubéola;
– Pessoas de 30 a 49 anos que comprovem uma dose de Tríplice Viral;
– Profissionais de saúde independente da idade que comprovem duas doses de Tríplice Viral.
Saiba mais sobre o tema:
OMS alerta para surto de sarampo nas Américas
Com informações da Secretaria Estadual da Saúde do RS e da OPAS/OMS. Edição do Setor Saúde.