Estatísticas e Análises | 11 de agosto de 2022

Oncologia: Anvisa aprova dois novos tratamentos para câncer de mama triplo negativo

Para as pessoas com câncer de mama triplo negativo em estágio inicial, a imunoterapia pembrolizumabe reduziu o risco de ocorrência de eventos relacionados à doença ou morte em até 37% comparado à quimioterapia convencional
Anvisa aprova dois novos tratamentos para câncer de mama triplo negativo

Pacientes com câncer de mama triplo negativo ganham esperança com uma nova opção de tratamento: a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou as indicações do imunoterápico pembrolizumabe para os estágios inicial e avançado da doença.

O câncer de mama é o tipo mais frequente em mulheres, sem considerar os tumores de pele não melanoma. De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), foram estimados 66.280 novos casos em 2021, dos quais até 20% são os chamados triplo negativos, o subtipo mais agressivo que apresenta mais chance de recorrência precoce, menor sobrevida e menos alternativas de tratamentos.

No estudo Keynote-522, com a adição da imunoterapia pembrolizumabe da MSD no tratamento inicial do câncer de mama triplo negativo de alto risco, apresentou redução de 37% o risco de morte ou de eventos, tais como ocorrência de metástases ou novos tumores primários.


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Já os dados do estudo Keynote-355, com foco em câncer de mama triplo negativo metastático, demonstraram que o uso de pembrolizumabe, associado à quimioterapia convencional, reduziu o risco de morte em 27% para pacientes que tem expressão de um marcador específico, o PD-L1.

“Esse tumor tem o pior prognóstico entre os subtipos do câncer de mama, com poucas opções de tratamento. A aprovação da imunoterapia pembrolizumabe amplia as possibilidades de cuidados e aumenta de sobrevida das pacientes”, comenta Dra. Márcia Datz Abadi, diretora médica da MSD Brasil.

Pembrolizumabe

Pembrolizumabe é um anticorpo monoclonal humanizado que aumenta a capacidade do sistema imunológico de combater as células tumorais. Para se proliferar o câncer frequentemente utiliza mecanismos de evasão do sistema imune inativando os linfócitos-T, células responsáveis por matar as célular tumorais. Por meio do bloqueio da interação entre PD-1 e seus ligantes, PD-L1 e PD-L2, o pembrolizumabe impede a inativação dos linfócitos-T, potencializando a reposta imune anti-tumoral.

 



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