Oito tecnologias que irão transformar a medicina
Google Ventures aponta os avanços mais promissores na saúde
O Google Ventures, braço de capital de risco da gigante de buscas na web, apresentou uma lista de projetos tecnológicos que poderão levar a saúde humana a patamares nunca vistos. Inteligência artificial, células tronco e o entendimento do microbioma humano são alguns caminhos para o futuro da ciência.
Como descreve comunicado da Google , “estamos à beira de uma grande revolução na compreensão do funcionamento do corpo humano”. Em publicação do site MedCity News, o presidente e manager da empresa, Bill Maris, descreveu as oito melhores tecnologias que irão transformar a medicina.
A participação da Google Ventures na área de ciências da vida está crescendo, com um investimento de cerca de US$ 2 bilhões. Em 2014, foram investidos cerca de 36% de fundo em projetos de saúde e ciências da vida. “Por um lado, não estamos investindo o suficiente. A Google Ventures tem a responsabilidade de investir em coisas importantes, e é por isso que estamos tão interessados em ciências da vida. Mas muitas destas tendências exige investimento maciço”, resumiu Maris. O desenvolvimento das tecnologias em saúde permite tratamentos médicos de alcance global.
O futuro da medicina, na visão da Google Ventures:
1. A inteligência artificial
Há, atualmente, uma ampla gama de dados genômicos com potencial para serem trabalhados dentro da ciência da vida. Com a inteligência artificial, há potencial para serem criados “sistemas de aprendizagem que possam nos ajudar a diagnosticar milhares de doenças, bem além do conhecimento de qualquer médico individual”, diz Bill Maris.
2. Compreensão do cérebro
O envelhecimento da população segue suscetível a doenças como Parkinson e Alzheimer, e estamos apenas começando a entender como essas doenças agem. Maris acredita no potencial da conexão entre cérebro e máquina, incorporando inteligência artificial em tratamentos de pacientes com traumatismo crânio-encefálico, lesão da medula espinhal e “inúmeras outras aplicações”.
3. Novos antibióticos
A Google Venture está atento às pequenas empresas de biotecnologia que investem na criação de novos antibióticos. Enquanto isso, a indústria farmacêutica está estagnada nesse sentido. Em fevereiro de 2015, apenas 40 novos antibióticos estavam sendo desenvolvidos, ao contrário das 770 drogas contra o câncer.
4. Luta contra o câncer
A Google tem especial interesse em entender como mapear as mutações genéticas que causam câncer. Tal conhecimento poderia levar a melhores terapias e a intervenções precoces que podem impedir o desenvolvimento do tumor. Maris diz que “bilhões de dólares são gastos anualmente em pesquisa do câncer, mas precisamos de mais recursos, novas abordagens para a pesquisa, mais colaboração entre pesquisadores e aplicações tecnológicas inovadoras para finalmente vencer a batalha contra o câncer. A cura definitiva é prevenir o câncer de acontecer, em primeiro lugar”.
5. Reparação genética
Todos os olhos estão sobre a CRISPR (ferramenta de edição de genoma) e a Google Ventures não é exceção. “É uma das áreas mais excitantes da investigação nas ciências da vida”, pondera Maris. Apesar dos dilemas éticos que envolve a alteração genética, as aplicações são ilimitadas para potencialmente curar doenças genética que, de outra forma, seriam intratáveis.
6. Compreensão do microbioma
O presidente da empresa aposta na compreensão da delicada interação das bactérias em nosso microbioma. Alguns pesquisadores chamam esse ecossistema bacteriano de “órgão esquecido”. Transplantes de fezes e a “reprogramação” de bactérias que ocorrem naturalmente, que podem ser exploradas no tratamento do câncer, são dois exemplos de como aproveitar de forma potencialmente terapêutica o microbioma.
7. Fabricação de órgãos
A criação de órgãos feita pelas modernas impressoras 3D é uma grande promessa para o futuro. Atualmente, essa tecnologia é usada apenas tecidos para serem usados em pesquisas de medicamentos. No entanto, a capacidade de produzir um órgão segue plausível.
8. Células-tronco
O advento das células-tronco pluripotentes induzidas (com capacidade de auto-replicação) estão ajudando pesquisadores a evitar problemas relacionados às células-tronco embrionárias, permitindo foco total no potencial terapêutico. Explorar a capacidade regenerativa dessas células poderá abrir um mundo de oportunidades na medicina, avalia Bill Maris.