Mundo | 11 de julho de 2014

Novos medicamentos apresentam evolução no tratamento de eczema e psoríase

Drogas são importante passo no combate a doenças alérgicas
Novos medicamentos apresentam evolução no tratamento de eczema e psoríase

O tratamento de duas doenças de pele, eczema e psoríase, pode receber o reforço de drogas que bloqueiam partes específicas do sistema imunológico com notável eficácia. Publicados no New England Journal of Medicine, os estudos mostram os avanços de medicamentos experimentais que estão sendo desenvolvidos pela Sanofi e Regeneron Pharmaceuticals.

“Estes dados clínicos, acoplados com outros relacionados à asma, feitos no ano passado, reforçam a prova científica crescente que estamos no caminho certo do combate a doenças alérgicas,” disse George D. Yancopoulos, presidente dos Laboratórios da Regeneron. “Obstruir a sinalização IL-4/IL-13 (proteínas do cromossomo 5q, região que codifica uma variedade de citocinas) pode fornecer avanços importantes em circunstâncias atópicas, incluindo asma, dermatite e pólipo nasal”.

As quatro pesquisas clínicas apresentaram uma melhora acentuada e rápida nos sintomas de eczema, incluindo a coceira incessante. O dupilumab pode não ser mais eficaz do que os imunossupressores atualmente no mercado, mas por agir inibindo apenas duas proteínas do sistema imunitário – IL-4 e IL-13 -, seu uso é mais seguro.

O dupilumab pode se tornar o primeiro produto biológico – produzido com células vivas – a chegar ao mercado para o tratamento de dermatite atópica. Por sua vez, mais da metade dos pacientes que receberam secukinumab, que inibe a proteína IL-17ª, tinha a pele totalmente, ou quase totalmente limpa após 12 semanas.

Um dos ensaios clínicos durou 12 semanas e envolveu 109 adultos com dermatite atópica moderada ou severa. Cerca de 85% daqueles que receberam injeções semanais tiveram uma redução de 50% de gravidade em uma tabela de medição, em comparação com 35% que receberam semanalmente injeções de placebo. Outros 40% dos voluntários que utilizaram a droga tiveram uma depuração completa ou quase completa das lesões de pele, enquanto apenas 7% das pessoas do grupo dos placebos.

Embora sejam necessários estudos mais aprofundados, os especialistas consideram os resultados importantes porque não existem tratamentos aprovados que funcionam bem em pacientes com dermatite atópica moderada ou grave. As empresas vão iniciar a Fase 3 dos testes, para então obter aprovação do medicamento para adultos. Posteriormente, serão feitos testes para as crianças.

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