Mundo | 5 de novembro de 2013

Novos exames diferenciam tipos de câncer de mama

Pesquisadores britânicos conseguiram dividir a doença em sete subtipos
Novos exames diferenciam tipos de câncer de mama

Em artigo da British Journal of Cancer, pesquisadores britânicos afirmam que um novo exame pode identificar sete tipos de câncer de mama, e o procedimento deverá estar disponível em dois anos. A descoberta ajudará os médicos a personalizar os tratamentos e aumentar as taxas de sobrevivência das pacientes, que variam de acordo com a forma da doença.

Alguns cientistas afirmam que cada câncer é uma doença única por si própria, com características em comum com doenças similares de outros pacientes. Atualmente, em exames para detectar o câncer, apenas dois marcadores biológicos são procurados. Contudo, em 2012 especialistas revelaram que pode haver até dez subtipos diferentes, dependendo da genética da pessoa.

A equipe da Universidade de Nottingham, liderada pelo pesquisador Andy Green, desenvolveu um método que avalia dez proteínas importantes que identificam sete desses subtipos. Assim, a escolha dos procedimentos fica cada vez mais complexa. “Melhorias no tratamento e no resultado para pacientes com câncer de mama vão envolver a melhoria nas metas de terapias apropriadas para os pacientes. Mas deve ser igualmente importante a melhora em estratégias paralelas para evitar tratamentos desnecessários ou impróprios e os efeitos colaterais”, afirmou, em entrevista para a BBC.

Para chegar à esses dados, o estudo procurou por uma identificação de cada tipo de câncer em 1.073 amostras de tumores, recolhidas em um banco de tecidos. Em 93% das amostras foi detectado um dos sete tipos, enquanto apenas 7% foram mais difíceis de se enquadrarem em uma categoria.

Os subtipos são definidos por combinações e níveis diferentes de dez proteínas encontradas em células cancerígenas. Elas incluem duas proteínas já identificadas rotineiramente em células de câncer de mama – o receptor de estrogênio (ER) e HER2, além de outras não testadas atualmente, como a p53, HER3, HER4a e a citoqueratina.

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