Novo medicamento para o câncer de ovário é liberado pela Anvisa
Agência também aprovou o primeiro medicamento à base de CannabisO registro do medicamento Lynparza (olaparibe) foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O novo medicamento é indicado para o tratamento de manutenção de pacientes com carcinoma de ovário seroso de alto grau (um tipo de câncer de ovário avançado), incluindo carcinoma da Trompa de Falópio (parte do sistema reprodutor feminino que conecta os ovários ao útero) e carcinoma do peritônio (a membrana de revestimento do abdômen).
Lynparza é usado em pacientes que têm mutação (um defeito) em um dos dois genes conhecidos como BRCA1 e BRCA2 e que apresentem doença recorrente (quando o câncer voltou após tratamentos anteriores).
Ele deve ser utilizado após o tratamento com medicamentos à base de platina, quando o tumor teve uma diminuição do tamanho ou desapareceu completamente com esse tratamento e a paciente manteve uma resposta durável (de pelo menos seis meses).
O carcinoma de ovário é uma doença agressiva, de elevado risco à vida. Como o número de pacientes com carcinoma de ovário é pequeno, essa doença é considerada rara, e Lynparza (olaparibe) teve sua análise priorizada pela Anvisa. A detentora do registro do medicamento no Brasil é a empresa farmacêutica AstraZeneca do Brasil, localizada em São Paulo (SP).
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Mevatyl
A Anvisa também aprovou o primeiro medicamento registrado no País à base de Cannabis sativa. Foi registrado o medicamento específico Mevatyl (tetraidrocanabinol THC, 27 mg/mL + canabidiol – CBD, 25 mg/mL), composto por canabinoides obtidos a partir da Cannabis sativa, na forma farmacêutica solução oral, spray.
O novo medicamento Mevatyl, registrado em outros países com o nome comercial Sativex, é indicado para o tratamento sintomático da espasticidade moderada a grave relacionada à esclerose múltipla e destinado a pacientes adultos não responsivos a outros medicamentos antiespásticos. E que demonstram melhoria clinicamente significativa dos sintomas relacionados à espasticidade durante um período inicial de tratamento com o Mevatyl.
O medicamento é destinado ao uso em adição à medicação antiespástica atual do paciente e está aprovado em outros 28 países. Incluindo Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Suíça e Israel.
Mevatyl não é indicado para o tratamento de epilepsia, pois o THC, uma de suas substâncias ativas, possui potencial de causar agravamento de crises epiléticas. O medicamento também não é recomendado para uso em crianças e adolescentes com menos de 18 anos de idade, devido à ausência de dados de segurança e eficácia para pacientes nessa faixa etária.
Conforme dados de estudos clínicos realizados com Mevatyl, a ocorrência de dependência com o seu uso é improvável. Mevatyl será comercializado com tarja preta em sua rotulagem, e a sua dispensação ficará sujeita a prescrição médica. A prescrição deverá seguir a receita A prevista na Portaria SVS/MS nº 344/1998 e deverá conter Termo de Consentimento Informado ao Paciente.
O medicamento será fabricado por GW Pharma Limited – Reino Unido, e a detentora do registro do medicamento no Brasil é a empresa Beaufour Ipsen Farmacêutica, localizada em São Paulo (SP).