Nesta terça-feira, 2 de julho, foi celebrado o Dia do Hospital. Em referência à data, que homenageia a fundação da mais antiga entidade de representação do setor a Associação Brasileira de Hospitais, fundada em 1948, o diretor executivo da FEHOSUL, Dr. Flávio Borges, participou  do programa Manhã Bandeirantes, apresentado pelo radialista João Garcia. Tratando de questões como o desenvolvimento do setor e a questão da saúde nos atuais protestos pelo Brasil, o representante da Federação dos Hospitais do Rio Grande do Sul – entidade que comemora 25 anos – analisou  o cenário atual da saúde no Rio Grande do Sul.

Logo no início, Dr. Flávio falou das reivindicações da população durante os protestos das últimas semanas. “Se vê um clamor solicitando hospitais padrão FIFA. Temos vários com um padrão louvável, mas precisamos evoluir”, analisou, afirmando que muitos estabelecimentos estão na vanguarda. “Podemos nos considerar um polo gerador de conhecimento médico. Temos referências nacionais. O serviço de transplante de pulmão da Santa Casa é exemplar para o mundo. O Hospital de Clínicas faz pesquisas e tem trabalhos mundialmente reconhecidos, assim como São Lucas da Puc, Mãe de Deus, Moinhos de Vento, Ernesto Dornelles e Divina Providência, só para ficar na capital “, exemplificou.

No entanto, questões financeiras ainda precisam de solução. “O entrave está no relacionamento com o poder público, na viabilidade. O SUS remunera extremamente mal as instituições. A Santa Casa, por exemplo, reclama que a cada R$ 100 de custo, ela é ressarcida em R$ 70. É uma defasagem grande. Se voltássemos as forças para uma remuneração adequada, teríamos instituições muito melhores”, analisou.

Embora saliente a qualidade da medicina no Estado, é preciso regionalizar a assistência. “Temos em torno de 2,84 leitos por mil habitantes no Rio Grande do Sul. Isso nos coloca na terceira posição no Brasil, mas a maioria se concentra na região metropolitana”, revelou. “Alguns polos deveriam ter um desenvolvimento maior. Pelotas, Caxias do Sul, Passo Fundo, Santa Maria, todos estão bem, mas ainda assim os problemas mais complexos são remetidos para Porto Alegre”, acrescentou.

O impasse com o Ipe-Saúde também foi comentado. “Estamos enfrentando uma situação em todo o Rio Grande do Sul. Não é porque os hospitais queiram o enfrentamento, nós queremos resolver da melhor forma. Uma questão que levantamos é que o orçamento do Ipe é insuficiente. Fomos atrás das causas, com analise do Tribunal de Contas do Estado. Há falta de repasse estadual que já está no montante de R$ 340 milhões”, disse Dr. Flávio, lembrando também que os recursos para 2013 já são insuficientes.

Ao final, Dr. Flávio enalteceu a data e parabenizou todos os colaboradores da saúde. “Nós temos o que comemorar. É dia de verificar as coisas boas que fazemos. O profissional do hospital necessita fazer certo na primeira vez, não temos a chance de refazer. Isso encerra um princípio ético da nossa atividade”.

Jornal Zero Hora e spots na rádio Bandeirantes

A Fehosul, sindicatos filiados e o Sindihospa – Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre veicularam na edição de hoje, 2 de julho, uma homenagem aos profissionais que ajudam a tornar os hospitais do Estado referência nacional em qualidade e segurança assistencial. Desde a última sexta-feira, dia 28 de junho, a FEHOSUL vem veiculando spots de 30 segundos para lembrar a população sobre a data, e parabenizar os milhares de profissionais que trabalham nos hospitais gaúchos. Veja o anúncio abaixo: