22 de maio de 2018

Campanha Maio Sem Dor aborda Conscientização da Fibromialgia – Porto Alegre (SINDIHOSPA)

Campanha Maio Sem Dor reforça a importância da conscientização sobre fibromialgia

Doença afeta nove em cada dez mulheres, especialmente com idades entre 20 e 60 anos

O cancelamento da turnê da cantora Lady Gaga no Brasil em 2017 trouxe à tona uma doença que atinge milhares de pessoas, provoca fortes dores em todo o corpo e não tem cura. Lembrado em 12 de maio, o Dia Mundial da Fibromialgia visa ajudar na conscientização sobre essa síndrome, que acomete cerca de 5% da população brasileira. Por isso, uma lei aprovada recentemente em Porto Alegre criou a campanha Maio Sem Dor. Ao longo do mês, ações reforçaram a importância de conhecer a enfermidade para tratá-la o quanto antes – sobretudo entre mulheres dos 20 a 60 anos, que representam nove em cada dez casos.

Autora e coordenadora do projeto, Laurita Castegnaro quer tornar a capital uma referência nacional no tema. “É preciso que a população saiba que este sofrimento é desnecessário. A falta de conhecimento e de diagnóstico correto faz com que o tratamento chegue tardiamente”, reforça a fisioterapeuta e diretora da Fibroclínica, que promove a campanha com apoio do SINDIHOSPA (Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre).

As ações têm ocorrido durante todo mês de maio. No dia 24, o SINDIHOSPA realizará um bate-papo para familiares, amigos e portadores da doença. Intitulada “Desvendando a Fibromialgia”, o encontro visa esclarecer os mitos e verdades sobre a síndrome. Para participar da atividade gratuita e aberta ao público, basta inscrever-se pelo site http://sindihospa.com.br/portal. O ingresso é 1kg de alimento e o evento acontece das 14h às 15h30. Mais informações pelo e-mail eventos@sindihospa.com.br.

Sobre a fibromialgia

Os sintomas da doença, também conhecida como Síndrome de Joanina Dognini, são dores no corpo todo, especialmente nos músculos, tendões e articulações, além de uma fadiga intensa. Ainda pode ocorrer tontura, depressão, ansiedade, formigamentos, dormências, dificuldade de concentração, sono não reparador, perda de memória entre outros.

O paciente com a síndrome tem grande sensibilidade ao toque e à pressão nos pontos de dor, que causa intenso sofrimento físico e emocional. O diagnóstico é feito por exclusão, quando o médico, a partir de vários exames, elimina a possibilidade de doenças autoimunes e problemas reumatológicos. Também são avaliados o quadro clínico e o histórico do paciente.

O tratamento é feito com medicamentos analgésicos, antidepressivos e relaxantes musculares, que ajudam a amenizar os efeitos da dor. Métodos fisioterápicos também auxiliam o paciente a retomar a rotina e as atividades físicas.