Mundo, Tecnologia e Inovação | 28 de julho de 2015

EUA aprova remédio que reduz pela metade o “mau colesterol”

Medicamento age impedindo a ação da proteína PCSK9
EUA aprova remédio que reduz pela metade o mau colesterol

A agência reguladora norte-americana, FDA, aprovou no dia 24 de julho um novo medicamento para tratar pacientes com colesterol alto. Fabricado pelas farmacêuticas Sanofi e Regeneron, o Praluent é o primeiro de uma nova classe promissora para combate à doença.

O medicamento é administrado por injeções. O composto é indicado para pacientes com hipercolesterolemia familiar, afecção de origem genética gravíssima caracterizada por uma grande concentração de colesterol ruim (LDL) nos vasos sanguíneos, em combinação com dieta e estatinas. A droga também poderá ser indicada para tratar doenças cardiovasculares (ataques cardíacos ou derrames) e que necessitem de redução extra de LDL.

O Praluent age impedindo a ação da proteína PCSK9 – presente no fígado e no intestino, ela destrói os receptores que se encaixam no colesterol e o tiram de circulação. Ao bloquear essa ação, os medicamentos permitem que os receptores se liguem ao LDL e baixem seus níveis no sangue.

A aprovação da FDA se deu após a realização de cinco estudos controlados em que 2.476 participantes foram expostos ao Praluent. Os testes revelaram que os pacientes reduziram sua taxa de colesterol entre 40 e 65%. A droga também não apresentou efeitos colaterais significativos nos pacientes. A FDA investigou se o remédio causa perda de memória ou delírios, mas ficou satisfeita com as respostas obtidas nos estudos realizados.

Cientistas afirmam que as provas definitivas de que a droga pode reduzir problemas cardíacos terá de esperar até o final dos testes clínicos. Os resultados finais sairão até 2017. Por falta de informações conclusivas, a comunidade médica está cautelosa a respeito do uso da nova droga. Ainda não há estudos sobre a relação direta entre baixar o colesterol LDL e a redução do risco de doenças cardíacas.

Segundo o jornal The New York times, a empresa Amgen também está lançando outro remédio similar (chamado Repatha), que será analisado pela FDA ainda em julho. As farmacêuticas afirmam que os medicamentos podem ajudar milhões de pessoas, mas ainda não informaram os preços dos medicamentos. Médicos dos EUA estimam que o custo será entre US$ 7 mil e US$ 12 mil dólares por ano para os pacientes. Ainda não há data definida para o lançamento do Praluent no Brasil.

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