Gestão e Qualidade | 5 de março de 2021

Dasa se prepara para potencial oferta de ações buscando crescer no setor hospitalar

De acordo com o Brazil Journal, a Dasa vai lançar uma oferta de ações para levantar R$ 5 bilhões
Dasa se prepara para potencial oferta de ações buscando crescer no setor hospitalar

A rede de medicina diagnóstica Dasa (Diagnósticos da América) deu mais um passo no processo de “re-IPO”. A rede anunciou, na terça-feira (2), a contratação de um grupo de bancos para coordenar o processo de oferta restrita de ações com objetivo de migrar para o Novo Mercado da B3, segmento com maior nível de governança da bolsa.

De acordo com o Brazil Journal, a Dasa vai lançar uma oferta de ações para levantar R$ 5 bilhões, buscando crescer no setor hospitalar ao se apresentar como uma plataforma que terá como objetivos principais a resolução da fragmentação e redução de desperdícios no setor privado.

Segundo o fato relevante, os coordenadores da potencial operação são o Bradesco BBI, BTG Pactual, Bank of America, Credit Suisse, Morgan Stanley, Safra, Santander e Itaú BBA.

A Dasa informou que o grupo vai “coordenar a potencial oferta e potencial listagem, inclusive realizando trabalhos preparatórios para a definição da viabilidade e dos termos da potencial oferta, em conjunto com a companhia”.

A empresa destacou, porém, não haver decisão ainda sobre a oferta ou a listagem no Novo Mercado, “as quais estão sujeitas, entre outros fatores, à obtenção das aprovações societárias pertinentes, às condições políticas e macroeconômicas favoráveis e ao interesse de investidores”.

Nesses termos, a Dasa ressaltou não haver definição sobre volume a ser captado ou preço por ação. Em 28 de janeiro, a Dasa publicou comunicado para informar que estava em processo de seleção e engajamento para formar um sindicato de instituições financeiras.

Investimento em transformação digital e redução de desperdícios

Desde 2017, o CEO da Dasa, Pedro Bueno, investe em uma transformação digital que criou interoperabilidade entre as inúmeras empresas do grupo e construiu um data lake integrado que cruza e consolida os dados do paciente (conta com mais de 3 bilhões de registros).

A Dasa conta com um dos maiores hubs de tecnologia aplicada à saúde na América Latina, com um time de 100 cientistas de dados que trabalham em ferramentas de Machine Learning, Inteligência Artificial e Data Analytics.

A proposta da Dasa é, a partir dos seus dados e capacidade preditiva, auxiliar os médicos a antecipar agravamentos e mudar o curso da saúde, para ocorrer uma abordagem mais assertiva e com redução de desperdícios.

Crescimento da Dasa

Nos últimos meses, a Dasa vem expandindo a sua atuação com várias aquisições. Em janeiro, comprou o laboratório de exames paulista SalomãoZoppi Diagnósticos (SZD), fundado pelos médicos Luís Vitor Salomão e Paulo Sérgio Zoppi nos anos 1980, em um negócio avaliado em R$ 600 milhões. Também em janeiro, a Dasa anunciou a compra da Innova Hospitais Associados, de Diadema (SP).

Em dezembro de 2020, a Dasa havia anunciado a aquisição da rede de hospitais Leforte, em São Paulo, por R$ 1,77 bilhão. A operação compreende oito ativos, incluindo os hospitais Leforte Morumbi, Leforte Liberdade e Hospital e Maternidade Christovão da Gama, além de clínicas gerais e uma especializada em pediatria. Ainda em dezembro de 2020, comprou o Grupo Exame, empresa de análises clínicas com operação no Rio Grande do Sul.

Além da aquisição do Leforte, o grupo anunciou a inauguração do Hospital Águas Claras, em Brasília, e o acordo para aquisição do Grupo Carmo, que reúne dois hospitais na cidade do Rio de Janeiro.

Nos últimos sete meses, a Dasa mais do que duplicou a quantidade de hospitais em todo o país, passando de seis para treze unidades, 900 unidades ambulatoriais, telemedicina, clínicas e a DASA Empresas, uma corretora de planos de saúde corporativos com mais de 500 mil vidas.

Com informações do Brazil Journal e Valor Econômico. Edição do Setor Saúde.

 

 



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