Mundo | 25 de setembro de 2014

Cientistas transformam células da pele em glóbulos brancos

Pesquisa feita no Salk Institute traz novos caminhos para a medicina regenerativa
Medicina Regenerativa

Uma equipe de espanhóis trabalhando no Salk Institute, nos EUA, conseguiu converter células de pele humana em células brancas do sangue. Usando duas moléculas, os pesquisadores conseguiram os resultados em apenas duas semanas. O estudo é em caráter experimental, mas lança novas esperanças para o futuro da medicina regenerativa.

Os testes foram feitos em ratos e os resultados foram publicados na revista Stem Cells. O principal avanço está na capacidade de reparar lesões ou um órgão doente, substituindo as células danificadas com o novo tecido, criado para resolver a situação. “Nós dizemos para as células da pele esquecer quem são e para se tornar o que nós queremos que elas sejam”, explica o principal autor do trabalho, Juan Carlos Belmonte Izpisúa.

A estratégia utilizada foi através de células estaminais, que têm o potencial para se desenvolverem para qualquer outro tipo de célula (pele, fígado, cérebro, etc). Experimentos médicos anteriores já haviam demonstrado bons resultados dessa medida. Outra possibilidade é  a “desprogramação” que transforma a célula em outro tipo, de acordo com a necessidade. Esta segunda hipótese foi seguida pela equipe de pesquisadores.

Até então, cientistas levavam cerca de dois meses em um arriscado trabalho em laboratório no cultivo de células-tronco. O procedimento é arriscado porque estas células têm, frequentemente, desvantagens como uma incapacidade para ser inserida no corpo para as funções que se destinam, ou apresentam propensão para se tornarem cancerígenas.

No novo estudo, foram usadas duas moléculas para atingir esse fim. O método utilizado para obter a transformação de fibroblastos (células da epiderme) em células brancas do sangue foi consolidado em duas semanas.

 

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