Como anunciado em matéria do dia 26 (ver aqui), o Banco BTG Pactual confirmou a venda de ações da rede de hospitais D’Or São Luiz ao Government of Singapore Investment Corporation (GIC), fundo soberano de Cingapura.

A transação de R$ 1,6 bilhão representa a venda de uma parcela da participação total detida pelos investidores na sociedade em decorrência da conversão de debêntures de sua emissão.

O BTG Pactual e a família Moll – detentora do controle acionário da rede – assinaram no dia 27 de maio a venda de aproximadamente 16% da rede D’Or para o fundo de Cingapura, por R$ 3,2 bilhões, segundo fontes. Os R$ 3,2 bilhões a serem desembolsados pelo GIC levam em consideração o mesmo valuation da venda para o Carlyle, anunciada no mês passado, de R$ 19,6 bilhões.

Na ocasião, o fundo de private equity, que compra participações em empresas, desembolsou R$ 1,75 bilhão por 8,3% da D’Or. O Carlyle adquiriu a participação por meio de aumento de capital. Pelo acordo, a fatia do BTG Pactual na rede D’Or caiu de 26,5% para 23,5%, enquanto a da família Moll, maior acionista, ficou em 68,5%.

A movimentação no mercado de saúde brasileiro é fruto da Lei nº 13.097/15, que em seu artigo 142 refere-se à alteração da norma que disciplina os serviços privados de assistência à saúde (Lei nº 8.080/1990), possibilitando a “participação direta ou indireta, inclusive controle, de empresas ou de capital estrangeiro na assistência à saúde”.

“Quem pretende permanecer no mercado tem que se preparar, agora mais do que nunca, é um mercado novo” sentenciou Jorge Moll, em evento durante a Hospitalar 2015, realizado em São Paulo (ver aqui).