Tecnologia e Inovação | 28 de novembro de 2021

Após aprovação pela FDA, healthtech brasileira mira fatia de mercado de US$ 1 bilhão

A expectativa da empresa é que o método viabilize o estabelecimento de um novo sinal vital, assim como já acontece com a aferição da pressão arterial e medição da temperatura
Após aprovação pela FDA, healthtech brasileira mira fatia de mercado de US$ 1 bilhão 

A brain4care, healthtech brasileira que desenvolveu o primeiro método totalmente não invasivo capaz de monitorar alterações de volume e pressão dentro do crânio, recebeu aprovação inédita do FDA (Food and Drug Administration) para comercializar sua solução completa no mercado dos Estados Unidos. O método já é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com a aprovação, a startup de São Carlos, interior de São Paulo, fundada pelo cientista Sérgio Mascarenhas e que já captou US$ 14 milhões no Brasil, parte para conquistar uma fatia estimada de US$ 1 bilhão no mercado americano.    

De acordo com Plínio Targa, CEO da brain4care, a aprovação do FDA é um marco histórico, pois chancela a tecnologia 100% brasileira como eficaz e capaz de ampliar a assistência neurológica no mercado médico. A expectativa da empresa é que o método viabilize o estabelecimento de um novo sinal vital, assim como já acontece com a aferição da pressão arterial e medição da temperatura, por exemplo. “Um aspecto crucial da liberação pelo FDA é que não apenas o sensor foi aprovado, mas também o aplicativo, a plataforma na cloud, os algoritmos e, principalmente, o relatório gerado automaticamente que apresenta parâmetros numéricos inéditos para utilização clínica. Isto é totalmente inédito e disruptivo”, explica.

Após a aprovação, o próximo passo é detalhar o plano de negócios para a internacionalização da empresa e o GTM (go to market) para o mercado americano e europeu até 2025. A empresa estima investimentos de aproximadamente US$ 100 milhões nos próximos anos e buscará players que tenham sinergia de propósito e de negócios. “Apesar de ser difícil prever por ser algo que ainda não existe no mundo, estima-se um mercado potencial mundial de US$ 20 bilhões, com mais de 2 milhões de sensores sendo utilizados em todos os continentes”, avalia Targa.

Uso em hospitais brasileiros e pesquisas na John Hopkins Hospital e Cleveland Clinic

A brain4care informa que atualmente importantes players como Hospital Beneficência Portuguesa, Hospital Nove de Julho e Rede D’Or utilizam o método no Brasil. Nos EUA, pesquisas com a tecnologia estão sendo realizadas por centros de referência médica como The John Hopkins Hospital e Cleveland Clinic.

A empresa, no Brasil, já recebeu aportes de empresários renomados como Horácio Lafer Piva, presidente do conselho da Klabin; Laercio Cosentino, fundador e presidente do Conselho da Totvs; Mauro Figueiredo, ex-presidente do Grupo Fleury; e do Green Rock, fundo de investimentos em saúde dos fundadores do Laboratório Salomão & Zoppi.

brain4care

A brain4care

Com o propósito de desafiar os limites da medicina para vivenciar histórias de saúde e felicidade, a brain4care é uma healthtech brasileira de impacto global que desenvolve e oferta a tecnologia pioneira de monitoramento não invasivo das variações de volume/pressão dentro do crânio, também conhecida como complacência intracraniana (CIC). Sua missão é reduzir a dor e o sofrimento de milhões de pessoas estabelecendo um novo sinal vital, acessível a todos, em qualquer lugar, sempre que for preciso.

Escolhida globalmente pela Singularity University para ser acelerada em 2017, a tecnologia brain4care oferece acesso universal à CIC, um indicador de saúde neurológica cujo comprometimento leva à disfunção cerebral, que é a primeira causa de invalidez e a segunda de mortes no mundo. Em um contexto multimodal, permite que médicos e equipes melhorem a pertinência nos cuidados e a segurança do paciente, fornecendo informações adicionais que qualificam o diagnóstico, orientam a terapêutica e indicam a evolução dos distúrbios neurológicos.

Certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e disponível comercialmente no Brasil desde 2019, a tecnologia está presente em  53 instituições de saúde em todo país. No Brasil, a healthtech conta com escritórios em São Paulo e São Carlos, e nos Estados Unidos, em Atlanta.

 



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