Gestão e Qualidade, Tecnologia e Inovação | 8 de maio de 2025

Apoio à decisão clínica, melhor experiência do paciente e IA despontam como tendências

Existem critérios que atestam a excelência das operações e se a mudança está sendo real para quem é atendido, como é o caso da certificação da HIMSS que adotou mudanças nos critérios de sua certificação, buscando reconhecer instituições que utilizam tecnologias digitais de forma avançada.
Apoio à decisão clínica, melhor experiência do paciente e IA despontam como tendências

A digitalização da saúde tornou-se essencial para instituições que buscam aperfeiçoar a segurança, a eficiência e a experiência do paciente. Porém, existem critérios que atestam a excelência das operações e se a mudança está sendo real para quem é atendido, como é o caso da certificação da HIMSS. Olhando para o futuro, três temas surgem como propulsores de um cenário de saúde digital no Brasil e no mundo: apoio à decisão clínica, melhor experiência do paciente e inteligência artificial.


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O apoio à decisão clínica tem se tornado uma das principais tendências da saúde digital no Brasil, impulsionado pelo uso de inteligência artificial e análise de dados avançada. Sistemas de suporte à decisão, integrados a prontuários eletrônicos, permitem que médicos e outros profissionais de saúde tenham acesso a informações mais precisas e em tempo real, reduzindo erros e otimizando diagnósticos e tratamentos. Além disso, o uso de algoritmos preditivos auxilia na identificação precoce de doenças, personalizando o atendimento e tornando a prática médica mais eficiente e segura.


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Outro ponto crucial na transformação digital da saúde é a gestão focada em melhorar a experiência do paciente. Hospitais e clínicas estão adotando soluções tecnológicas para tornar os atendimentos mais ágeis e humanizados, como o uso de chatbots para triagem, agendamentos inteligentes e plataformas digitais que centralizam o histórico médico do paciente. Essas inovações reduzem a burocracia e o tempo de espera, proporcionando um cuidado mais personalizado e acessível. O foco na jornada do paciente tem se tornado essencial para aumentar a adesão aos tratamentos e melhorar os desfechos clínicos.


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“A transformação digital deixou de ser uma opção e converteu-se em uma necessidade para instituições que buscam otimizar processos e garantir o melhor aos seus pacientes. Hoje não falamos mais em engajamento do paciente, mas sim na melhoria da experiência de quem é atendido, inclusive com o auxílio da IA no cotidiano do médico”, afirma Paulo Magnus, CEO da MV.


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Novas diretrizes para HIMSS

Mas, tais avanços não são realizados de qualquer forma e é preciso buscar a excelência. O retrato disso está na HIMSS (Health Information and Management Systems Society), que adotou mudanças nos critérios de sua certificação, buscando reconhecer instituições que utilizam tecnologias digitais de forma avançada. Neste contexto, hospitais e clínicas precisam evoluir ainda mais na maturidade digital para garantir seu reconhecimento e consolidar sua reputação.

As novas diretrizes da HIMSS, presentes desde o Manual 2022, exigem que as instituições atinjam percentuais mínimos de maturidade digital em diversas áreas. A principal diferença entre os níveis 6 e 7 é a implementação de sistemas de apoio à decisão clínica. Além disso, soluções baseadas em inteligência artificial são mais valorizadas pela instituição, que entende que essas tecnologias melhoram desfechos clínicos e reduzem riscos.

“A digitalização da jornada do paciente e a sua experiência no atendimento são fundamentais para a busca por certificações como a HIMSS. Instituições que investem nessa evolução não apenas elevam sua reputação, mas também impactam positivamente toda a experiência assistencial”, destaca Daennye Oliveira, diretora executiva da TechInPulse, empresa do Ecossistema MV responsável pela definição de estratégias, automação de processos, digitalização de documentos e preparação para certificações como a HIMSS.

A certificação HIMSS é uma das mais difíceis de serem obtidas. Ao alcançar o último patamar, o nível 7, a instituição evidencia mundialmente a excelência na utilização de sistemas assistenciais com a integração de dados para otimização dos processos clínicos e administrativos. Já para obter o nível 6, também muito prestigiado pelo setor, a instituição precisa demonstrar um alto nível de digitalização, com sistemas integrados que suportem a tomada de decisão clínica baseada em dados e garantam a segurança e qualidade no atendimento aos pacientes.

No Brasil, algumas instituições, com apoio das soluções da MV, líder em softwares para saúde na América Latina, já alcançaram os mais altos níveis da certificação. A Unimed Recife, o primeiro hospital digital da América Latina, conquistou o HIMSS 7 ao concluir sua jornada digital, enquanto o Hospital Geral do Grajaú, em São Paulo (SP) também avançou significativamente em maturidade digital e conquistou o nível 6. Esses casos mostram que a transformação digital é um caminho sem volta para instituições que desejam se destacar em um setor cada vez mais exigente e competitivo.

Inteligência artificial como apoiadora na decisão médica

Dentro deste contexto de novas diretrizes e apoio à decisão clínica, surge a presença da inteligência artificial (IA), que vem se consolidando como um pilar essencial no suporte ao profissional e na excelência do atendimento ao paciente. No Brasil, embora o uso da IA na saúde ainda seja incipiente, observa-se um otimismo crescente em relação às suas potencialidades. A pesquisa TIC Saúde 2024 revelou que 17% dos médicos e 16% dos enfermeiros no país já utilizam tecnologias de IA em suas rotinas profissionais, com aplicações que vão desde o suporte a pesquisas até a elaboração de relatórios médicos.

Mesmo não sendo um item obrigatório para uma certificação, ela surge como vetor para a presença de tecnologias avançadas, como o Med.AI da MV. Elas foram desenvolvidas para integrar-se ao Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), automatizando processos burocráticos e auxiliando na tomada de decisões médicas. O sistema agiliza consultas e diagnósticos, transcreve conversas entre médico e paciente, e organiza as informações, reduzindo o tempo gasto com registros e aumentando a qualidade do atendimento.

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