Alemanha elimina o sistema de coparticipação em consultas médicas
Medida deve gerar economia de 1,8 milhões de euro ao ano para a população do paísDesde o início deste ano, os alemães que utilizam o sistema público de saúde do país não precisam mais pagar os 10 euros de coparticipação a cada três meses, como era feito desde 2004 com a implantação do sistema. Em ano de eleições no país, a primeira-ministra alemã, Angela Merkel – na contramão de outros países europeus as voltas com a crise de financiamento – revogou a medida, que vai promover uma economia de 1,8 milhões de euros por ano à população.
A retirada do sistema de coparticipação nas consultas deve afetar o seguro público de saúde, que precisará aumentar a remuneração aos médicos que antes ficavam com os 10 euros pago pelo paciente como parte da remuneração. O governo afirma que esse gasto extra com os médicos passará a ser pago diretamente pelo Ministério da Saúde do país.
Segundo dados, que agora se divulga, os objetivos da implantação do sistema de coparticipação não foram atingidos. O número de consultas não diminuiu e supera os 500 milhões de atendimento por ano. Estudos apontaram que o sistema afetou apenas as famílias mais carentes e vulneráveis socialmente, cujo dispêndio de 10 euros por consulta, fazia falta no orçamento familiar.
No começo do ano outro país europeu aprovou, juntamente com outras medidas, a cobrança de 1 euro por receita, com o intuito de diminuir gastos com medicamentos. A Espanha vem modificando fortemente a sua política nacional de saúde em função da crise, autorizando privatizações e criando sistemas de coparticipação.