ABEn e Crefito se pronunciam sobre Ato Médico
Entidades são contra projeto de lei que aguarda sanção presidencialA Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) emitiu nota oficial repudiando o Projeto de Lei PL 268/2000, mais conhecido como Ato Médico, que foi aprovado pelo Senado Federal no dia 18 de junho. A entidade pede o veto por parte da presidente Dilma Rousseff.
A ABEn acredita que o projeto hierarquiza serviços, valorizando algumas atividades em detrimento de outras. O Ato, segundo os enfermeiros, não converge com a ideia de que o Sistema Único de Saúde (SUS) deveria dar prioridade a equipes multidisciplinares.
A gestão de serviços como atividade privativa de médicos também é um retrocesso na qualificação do trabalho das instituições e serviços de saúde, de acordo com análise da Associação. O projeto, na visão dos enfermeiros, interessaria ” ao exercício profissional da prática privativa, o que prejudicaria o SUS”.
Na mesma linha, o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito) emitiu nota contra o Ato Médico, apontando os incisos do Artigo 4 do PL, que mostram as atividades privativas dos médicos:
I – Formulação do diagnóstico nosológico e respectiva prescrição terapêutica.
III – Indicação da execução e execução de procedimentos invasivos, sejam diagnósticos, terapêuticos ou estéticos, incluindo os acessos vasculares profundos, as biópsias e endoscopias.
IX – Indicação do uso de órteses e próteses, exceto as órteses de uso temporário.
Além disso, o Crefito tem promovido passeatas para pedir o veto nas seguintes cidades e locais:
26/6 – no lago da Epatur, 18h, em Porto Alegre
27/6 – em frente à prefeitura, 18h, em Caxias do Sul
28/6 – Na praça Saldanha Marinho, 16h30, em Santa Maria