Estão sendo investigadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) as três mortes ocorridas no Hospital Vera Cruz, na cidade de Campinas, São Paulo, após ressonância magnética. O serviço na instituição foi suspenso, assim como em outros hospitais e clínicas do município, até que os fatos sejam esclarecidos. Uma equipe de farmacovigilância foi enviada ao local para averiguar o quadro. Foram recolhidos os produtos utilizados no procedimento, tanto os fechados, quanto os abertos, e encaminhados para análise no Instituto Adolfo Lutz, na capital paulista.

No mesmo dia em que os três pacientes fizeram o exame, na segunda-feira (29), outras 82 pessoas realizaram o mesmo procedimento na instituição e não tiveram problemas. Em entrevista a uma emissora afiliada a TV Globo, o secretário da Saúde de Campinas afirmou que duas das vítimas receberam um tipo de contraste e passaram pela ressonância em uma máquina do hospital. Já o terceiro paciente recebeu outro tipo de contraste e foi examinado em outra máquina. “Não temos uma linha comum, que junte os três pacientes no mesmo cenário”, explicou Carmino Antonio de Souza.

Nos três casos os pacientes tiveram parada cardiorrespiratória cerca de 30 minutos após fazer a ressonância. Um dos pacientes chegou a deixar o hospital, mas teve que voltar por estar se sentindo mal. As vítimas foram dois homens, um de 36 anos e outro de 39, e uma mulher de 25 anos. Além da Anvisa, a prefeitura de Campinas e a polícia investigam o caso.