Gestão e Qualidade, Mundo | 12 de outubro de 2012

Setor saúde está aquecido para fusões

Após a venda da Amil, setor saúde é uma opção para mercado fundir pequenas empresas com grandes
Setor saúde está aquecido para fusões

As movimentações dos mercados economicamente ativos que acontecem em diversos setores da economia também chegaram forte  ao setor saúde: os grandes players estão atentos e procurando promover, por fusões e aquisições, uma maior concentração no setor, ampliando o poder de força das novas instituições resultantes destes processos.

Na área de saúde suplementar privada, com mais de 1,3 mil operadoras em atuação, segundo dados recentes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a possibilidade de haver essa concentração fica ainda mais evidente. O uso de planos de saúde no país ainda é considerado baixo se comparado ao de mercados mais maduros, como os EUA. Enquanto no Brasil cerca de apenas 25% da população utiliza os convênios, pulverizados em mais de um milhar de instituições,  nos EUA são 78% da população residente, atendidos por 434 empresas.

Muitas incorporações aconteceram em nosso mercado nos últimos dois anos, quando algumas redes de hospitais compraram outros no Brasil. Agora, em um segundo momento, as administradoras de planos de saúde podem aproveitar a inserção de novas regras, fato catalisador de mudanças, para comprar players menores porque, possivelmente, seus concorrentes farão aquisições. Recentemente o FN noticiou que o Cade acompanhava as aquisições que a Rede D’Or estava fazendo em Brasília, que estava expandindo sua rede de hospitais, comprando outros, menores e, com isso, deixando a população sem maiores opções de escolha na capital da República.

A venda da Amil para a americana UnitedHealth Group por R$ 9,95 bilhões vai movimentar milhares de colaboradores e outros milhares de beneficiários em todo o mundo. Um negócio que vai incrementar a economia dos dois países e também do setor saúde por muito tempo.

Mercado brasileiro

O Brasil representa hoje 43% do mercado na América Latina. Em 2015 este mercado deve movimentar US$ 52.3 bilhões. O setor privado atende mais de 48 milhões de pessoas e realiza anualmente 890,3 milhões de procedimentos, dos quais 254 milhões são relativos a consultas médicas; 517 milhões, a exames complementares; 75 milhões, a terapias; além de 38 milhões de outros atendimentos ambulatoriais, e 6,3 milhões de internações em todo o Brasil.

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