Gestão e Qualidade | 11 de novembro de 2013

Seminário de Auditoria em Saúde abordou o desafio da regulação

Com palestras e debates, evento organizado pela FEHOSUL analisou o cenário atual do setor
Eduardo Dias Lopes, o encontro teve palestras de Eduardo Elsade

A FEHOSUL realizou, na última sexta-feira, 8, o 1º Seminário Gaúcho de Auditoria em Saúde, com uma série de apresentações em torno do tema central O Desafio da Regulação. Com mediação do médico auditor  e Coordenador do MBA Auditoria em Saúde do IAHCS, dr. Eduardo Dias Lopes, o encontro teve palestras de Eduardo Elsade (médico cirurgião ortopedista, ex-coordenador do Complexo Regulador do RS), Gilberto Lahorge Nunes (cardiologista, diretor científico da Sociedade de Cardiologia do RS), Stephen Stefani (Oncologista, Auditor Médico da UNIMED/Brasil) e Adriano Mehl (médico da Sociedade Brasileira de Tratamento Avançado de Feridas, de São Paulo).

O ponto de destaque do Seminário foi o debate final, que abordou de forma dinâmica e interativa todos os tópicos tratados. O auditor médico da Unimed e da Cassi, dr. Antônio Gilberto Cardoso, destacou que “quem trabalha em auditoria sabe que a regulação é imprescindível. Temos vários envolvidos nesse debate, como a indústria farmacêutica que está começando a entrar na questão, além de um interventor muito importante, que é o Judiciário”.

Para ele, ações têm juntado as arestas legais para tornar o entendimento dos contratos cada vez mais claros. “Não adianta dizer que tem ou não cobertura para determinado tratamento, que ele é experimental, ou algo do gênero. Não existe mais isso. Além da obrigatoriedade que o poder judiciário impõe às operadoras, há também o carimbo de Dano Moral”, comentou, lembrando de casos passados que terminaram na Justiça.

Já o mediador do seminário acredita que esse setor ainda assusta os menos experientes. “O Judiciário tem uma lógica cruel no que se refere ao entendimento do sistema de saúde, mas ao mesmo tempo é bom na linguagem jurídica. Se eu leio a palavra ‘risco’, eu preciso dar um dado.  Quando entra a linguagem jurídica, as pessoas têm medo. Fica claro que não há apoio técnico mas, até certo ponto, não se procura esse auxílio.  Hoje, um médico marca cirurgia para sábado de manhã e a liminar se define no dia anterior. Ou vemos coisas absurdas como uma cirurgia bariátrica de urgência, o que não existe”, frisou dr. Eduardo Lopes.

O evento foi realizado em parceria com a Sociedade dos Auditores em Saúde (Sauds), do Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde, do IAHCS Acreditação, com o patrocínio da empresa MaxMedical.

 

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