RS confirma segundo caso de febre amarela em 2018
Casos registrados no estado foram contraídos em viagens a Minas GeraisFoi confirmado o segundo caso importado de febre amarela em 2018 no Rio Grande do Sul. Trata-se de um homem de 19 anos, de São Leopoldo. O jovem viajou para a cidade de Nova Lima, Minas Gerais, entre os dias 23 de janeiro e 4 de fevereiro. A informação foi divulgada na terça-feira, 6 de março, pela Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS), por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS).
O primeiro caso importado do ano foi registrado em um morador de Jaguarão, que também esteve em viagem a Minas Gerais em janeiro, com a confirmação divulgada no dia 21 de fevereiro. Os dois casos registrados em 2018 no Rio Grande do Sul são importados.
O segundo jovem que teve a doença confirmada no RS retornou da viagem apresentando sintomas de febre, calafrios e insuficiência hepática. No mesmo dia, procurou a Unidade de Pronto Atendimento de São Leopoldo e foi, em seguida, internado no Hospital Centenário. No dia 13 de fevereiro, o paciente chegou a ser transferido para a Santa Casa de Porto Alegre com indicação de transplante de fígado. Contudo, no dia seguinte, apresentando melhora do quadro geral, teve descartada a necessidade do transplante e recebeu alta hospitalar em 25 de fevereiro.
O resultado do exame que confirmou a febre amarela saiu no dia 6 de março. A Secretaria informa que a mãe do jovem afirma que ele foi vacinado contra a febre amarela em 2009, embora não haja o registro da dose na carteira de vacinação.
Histórico da doença no RS
O Rio Grande do Sul não apresentava casos confirmados de febre amarela desde 2010, quando foi registrado o último importado. Casos autóctones (contraídos dentro do estado) não são confirmados no RS desde 2009. De 1º de julho de 2017 a 28 de fevereiro de 2018, o estado teve 23 notificações da doença (11 foram descartados e 12 estão em investigação), de acordo com o Ministério da Saúde.
Entre 2008 e 2009, o Rio Grande do Sul registrou 21 casos da febre amarela silvestre em humanos. “Desde 1999, é realizada a vigilância de mortes de macacos, com o objetivo de verificar e antecipar a ocorrência da doença, pois a mortalidade destes animais pode indicar a presença do vírus em uma determinada região. Dessa forma, é possível fazer a intervenção oportuna para evitar casos humanos, por meio da vacinação das pessoas, e também evitar a urbanização da doença, por meio do controle dos mosquitos transmissores nas cidades”, informa a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul.
Recomendações da SES/RS
A SES/RS recomenda que a população mantenha atualizada a sua vacinação contra a febre amarela, prioritariamente para quem circula ou mora junto a áreas de matas ou tem previsão de viagem para esses lugares, dentro ou fora do Rio Grande do Sul. Quem já tomou ao menos uma dose da vacina já tem imunização suficiente para toda a vida, pois a vacina deixou de ter validade de 10 anos e passou a ser dose única. Em 2018, a Secretaria estendeu a recomendação da vacina para todos os municípios do RS.
Com informações da Secretaria Estadual da Saúde do RS. Edição do Setor Saúde.