Mundo | 7 de março de 2015

Quatro pacientes de hospital em Los Angeles são infectados por superbactéria

Caso ocorreu no Cedars-Sinai Medical Center, com 2 mortes
falta de zinco

O Cedars-Sinai Medical Center, um dos mais conceituados estabelecimentos de saúde dos EUA, confirmou que quatro pacientes foram infectados com uma superbactéria mortal, resistente a antibióticos. Outras 67 pessoas podem ter sido contaminadas na instituição de Los Angeles.

O hospital de Los Angeles afirmou, dia 4 de março, que começou a investigar a possibilidade de infecções após um surto semelhante ao ocorrido no Ronald Reagan UCLA Medical Center, em que sete pacientes adoeceram, culminando em dois óbitos.

A suspeita é de que as enterobactérias foram transmitidas por duodenoscópios, instrumentos de endoscopia utilizados para realizar exames no pâncreas e na vesícula. A superbactéria carbapenem-resistant Enterobacteriaceae (CRE) é altamente resistente a antibióticos e pode matar até 50% dos pacientes infectados.

O problema aumenta a pressão sobre a agência reguladora norte-americana, a FDA. Da mesma forma, os fabricantes dos dispositivos, como a gigante japonesa Olympus Corp., enfrentam críticas por projetar aparelhos e ferramentas em que são difíceis a realização de assepsia perfeita.

“É altamente provável que muitos hospitais do país tiveram surtos, e não foram  capazes de fazer essa relação (entre a superbactéria e os aparelhos) até que o problema foi divulgado na UCLA”, alertou Lisa McGiffert, diretora da instituição Safe Patient Project at Consumers Union, em entrevista  ao jornal Los Angeles Times.

A FDA reconheceu que o duodenoscópio Olympus, presente no mercado desde 2010, não tem a aprovação necessária do governo. Através de comunicado, a agência afirmou que vai trabalhar com o hospital de Los Angeles, as autoridades de saúde locais e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças “para saber mais sobre essas infecções, incluindo todo o processo de limpeza, desinfecção e reprocessamento em uso”.

Em fevereiro, a FDA ressaltou que estava ciente de 135 possíveis infecções entre janeiro de 2013 a dezembro de 2014 ligada a duodenoscópios. Para evitar novas infecções, o hospital retirou o aparelho contaminado de serviço e adotou medidas de segurança adicionais, incluindo um maior controle dos duodenoscópios antes e depois dos procedimentos.

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