Gestão e Qualidade | 25 de junho de 2022

Posicionamento da SBC sobre o recolhimento do medicamento losartana

A medida preventiva foi tomada devido à presença da impureza “azido”, que tem potencial mutagênico, em concentração considerada acima do limite de segurança aceitável
Posicionamento da SBC sobre o recolhimento do medicamento losartana

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) manifestou-se frente à determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) do dia 23 de Junho de 2022 promovendo a interdição e recolhimento de lotes de medicamentos contendo o princípio ativo losartana. A medida preventiva foi tomada devido à presença da impureza “azido”, que tem potencial mutagênico, em concentração considerada acima do limite de segurança aceitável.

Conforme a entidade, a SBC participou de reuniões a convite do Ministério da Saúde e da ANVISA nas quais foi informada da decisão de recolhimento de lotes do medicamento Losartana e compartilhou a preocupação com a segurança para o uso do medicamento e os riscos da potencial interrupção do tratamento pelos pacientes.


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Em comunicado, a SBC diz: “destacamos que as medidas regulatórias de farmacovigilância e operacionais, de compra e distribuição de medicamentos, são responsabilidade do Ministério da Saúde, estados, municípios e ANVISA. Contudo, a SBC, no escopo de suas missões, colocou- se à disposição para colaborar, informando médicos e sociedade, garantindo a segurança dos pacientes.”

SBC apoia as seguintes recomendações

1 – Os pacientes que fazem uso da losartana devem continuar utilizando o seu medicamento;


2 – os pacientes que estão fazendo uso de um dos lotes interditados devem seguir as recomendações da ANVISA para troca;


3 – Em caso de dúvida ou necessidade de orientação, procurar atendimento médico.

“A posição atual da SBC, sempre pautada nas evidências científicas e com base nas informações divulgadas até o momento, é de não haver fatos ou evidências que recomendem a modificação da estratégia terapêutica no que tange aos medicamentos pertencentes a essa classe farmacológica, mas ressalta que os lotes mencionados em comunicado da ANVISA devem ser substituídos e que alterações na estratégia de tratamento devem ser feitas pelo médico assistente, sempre respeitando o binômio risco-benefício”, diz trecho final da nota enviada à imprensa.

 



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