Healthtechs são empresas de tecnologia voltadas a solucionar problemas relacionados à saúde, com uma característica primordial, uma grande capacidade de ganhar escala e capilaridade. Segundo dados do relatório do Global Health Care Outloock 2015, esse é um mercado de US$ 7,2 trilhões de dólares. No Brasil o mercado de startups de healthcare está em expansão, com um aumento dessas empresas de 248, em 2018; para 540, em 2020, segundo dados do Distrito Healthtech Report 2020 e já receberam US$ 430 milhões de dólares em investimentos de Venture Capital.

Já o mercado de saúde suplementar tem 47 milhões de beneficiários no Brasil, com uma receita anual estimada de 159 bilhões de reais e com um custo assistencial de 140 bilhões de reais. Um terço deste custo acontece por fraudes ou desperdícios. Além disso, as despesas crescem de forma desproporcional ao aumento dos beneficiários. Enquanto esperamos um aumento de 8% nos beneficiários (de 47 para 51 milhões), até 2030, estima-se um aumento nas despesas em 147% no mesmo período.

Em busca de melhor equilíbrio econômico-financeiro deste mercado nasce o ALLDUX – A Inteligência em Custos de Saúde, que compartilhará os custos assistenciais de tratamentos, procedimentos e insumos para solucionar o vácuo de informação do mercado. Além de oferecer a comparação de preços oferecidos pelo mercado de saúde, a empresa busca também auxiliar as operadoras a testar a eficiência do mercado.

“Hoje, quando uma operadora vai comprar uma tomografia de crânio para seus beneficiários, ela compara basicamente os preços. Com o ALLDUX ela terá a oportunidade de saber o custo da realização de uma tomografia de crânio e facilmente saberá se o preço oferecido no mercado está caro ou barato, e o principal, se é justo” explica Patrícia Narciso, CEO do ALLDUX.

Unindo um amplo conhecimento técnico em saúde e gestão, com tecnologias da informação, a healthtech surge a partir da transformação de outra empresa, a OHB Gestão, que já atua no mercado fazendo a gestão de custos para operadoras de saúde em todo o país. A plataforma foi inicialmente pensada para apoiar os clientes da OHB.

“Depois de um tempo de amadurecimento entendemos que a plataforma seria a principal ferramenta para gestão dos clientes da OHB, como também entendemos que tudo seria uma empresa só, uma Healthtech”, comenta Patrícia Narciso.

A plataforma estará no ar em abril e oferecerá inicialmente os custos dos tratamentos oncológicos, como Quimioterapia e Radioterapia. Em breve, outros temas serão publicados. Já estão em análise para publicação os custos de terapia reumatológicas, terapia intensiva, órteses e próteses, diagnósticos por imagem e hemodinâmica.

Além disso, a plataforma contará com diretrizes e protocolos clínicos que poderão ser padronizados pelas operadoras e prestadores de saúde, insumos como materiais e medicamentos com os preços negociados pela equipe do ALLDUX para seus clientes e as auditorias médicas especializada para todos esses segmentos, garantindo a qualidade assistencial com o menor custo possível.

Todas essas informações serão processadas pela plataforma gerando indicadores assistenciais, financeiros, de qualidade e de desfecho, que poderão ser consultados pelos clientes ajudando na gestão e na tomada de decisões.

Sem concorrentes no mercado até o momento, a empresa projeta alcançar 1700 clientes potenciais e funcionará por assinaturas. Para isso, efetuou investimentos de R$ 1 milhão de reais, considerando desenvolvimento do software, equipe, estrutura e desenvolvimento dos conteúdos. A perspectiva da nova empresa é conquistar 30% do mercado da Saúde Suplementar e faturar R$ 300 milhões de reais/ano em cinco anos.

Com a plataforma e inserção dos novos temas da saúde, amplia-se a base de clientes para além da oncologia. “Apostamos num crescimento exponencial do uso dos nossos serviços, que irá transformar o mercado de saúde, compartilhando custos. O mercado de saúde suplementar no Brasil é um dos maiores do mundo, e ainda com expectativa de crescimento. Pesquisas indicam que a população deseja ter acesso a um plano de saúde privado, por causa de dúvidas sobre a capacidade de atendimento amplo Sistema Público de Saúde”, afirma.

Doenças crônicas, não transmissíveis, como hipertensão, diabetes e câncer já estão entre as mais comuns na população brasileira, muitas delas ligadas a obesidade, outra doença crônica e endêmica no Brasil. Além disso, o envelhecimento da população do país também contribuirá para o aumento da incidência de todas essas doenças e para uma maior necessidade de acesso aos serviços de saúde, públicos ou privados.

Novas tecnologias, procedimentos e medicamentos são incorporados diariamente nos hospitais, clínicas e laboratórios, melhorando os desfechos clínicos e a qualidade de vida dos pacientes, mas incorporando novas despesas também muito rapidamente. Além disso, a escassez de mão de obra qualificada e especializada na saúde em diversas regiões, contribui para o aumento dos custos operacionais dos serviços.

Outro ponto destacado pela executiva é que o setor Saúde passa pelo seu momento mais aquecido, com fusões e aquisições ditando o ritmo dos negócios, muitas vezes amparados por capital estrangeiro.

“Empresas prestadoras de serviço e operadoras menores que não se mexerem agora para continuarem competitivas, podem sentir mais adiante o impacto desses investimentos. Podem não suportar a concorrência e acabar fechando ou sendo vendidas a preços muito baixos. O momento de investir em inteligência é agora. Nossa empresa anterior, a OHB gestão, conseguia economia de 30% a 40% nas empresas e operadoras relacionadas aos tratamentos de câncer, padronizando protocolos e insumos, com auditoria especializada e boas negociações. A padronização é superimportante para manter os custos controlados. Nossos dados vão permitir uma melhor padronização de protocolos e insumos garantindo a qualidade assistencial, em todos os locais do país. A ideia agora, com o ALLDUX, é ampliar os segmentos contemplados pela plataforma e ganhar escala nos clientes. A plataforma servirá também como marketplace de prestadores e fornecedores para que as operadoras possam compará-los” finaliza Patrícia Narciso.

Saiba mais em https://alldux.com.br/