O Ministério da Saúde (MS) confirmou 331 óbitos e 1.127 casos de febre amarela no Brasil. Os números, publicados na quinta-feira (12), referem-se ao período de 1º de julho de 2017 a 10 de abril de 2018. Ao todo, foram notificados, neste período, 5.052 casos suspeitos, sendo 2.806 já descartados e 1.119 ainda em investigação. Em 2017, considerando o mesmo período de monitoramento (julho/2016 a 10 de abril/2017) eram 712 casos e 228 óbitos confirmados.

O Brasil vive o maior surto de febre amarela em humanos desde 1980. “Embora os casos do atual período de monitoramento tenham sido superiores à sazonalidade passada, o vírus da febre amarela hoje circula em regiões metropolitanas do país com maior contingente populacional, atingindo 35,6 milhões de pessoas que moram, inclusive, em áreas que nunca tiveram recomendação de vacina. Na sazonalidade passada, por exemplo, o surto atingiu uma população de 11,2 milhões de pessoas”, explica o MS.

O Ministério também informa que 10 milhões de brasileiros precisam se vacinar, reforçando o alerta para os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, que estão com a cobertura bem abaixo da meta de 95% da população vacinada.

De acordo com o boletim epidemiológico do Ministério, a cobertura da campanha em curso no Rio de Janeiro está com 40,9%, a Bahia está com 55% e São Paulo com 52,4% da população-alvo vacinada. A campanha de vacinação de caráter nacional tem como objetivo imunizar 23,8 milhões de pessoas nesses 3 estados.

“Os dados referem-se as 77 cidades que fizeram parte da campanha com estratégia de fracionamento e a ampliação para mais 52 municípios de São Paulo. Esses municípios devem continuar vacinando a população com a dose fracionada, que garante a mesma proteção da dose padrão, e ampliar a cobertura vacinal para prevenir novos casos da febre amarela no país”, recomenda o MS.

Em março, o Ministério da Saúde passou a considerar todo o território brasileiro como área de recomendação para vacinação contra a febre amarela. “A medida é preventiva e tem como objetivo antecipar a proteção contra a doença para toda população, em caso de um aumento na área de circulação do vírus”, informa o Ministério.

A vacina é a única proteção contra a doença e está disponível nos postos de saúde. O Ministério da Saúde informa que o período de alta da doença segue até maio, e reforça o pedido à população para se proteger contra a febre amarela indo aos postos de vacinação e garantindo a sua imunização.

Rio Grande do Sul

De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS), o estado não registrou nenhum caso novo em abril, seguindo com o registro de 2 casos confirmados da doença em 2018 (em fevereiro e março). Porém, as duas ocorrências são importadas – de Minas Gerais. O RS não apresenta casos autóctenes (contraídos dentro do estado) desde 2009. O último registro de caso importado no RS havia sido em 2010 – antes dos dois casos registrados em 2018. Em janeiro, a Secretaria da Saúde passou a recomendar a vacinação para 100% do estado.

Com informações do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual da Saúde do RS. Edição do Setor Saúde.