Gestão e Qualidade | 3 de setembro de 2024

Meditação para a dor: iniciativa inédita no HCPA beneficia pacientes, acompanhantes e funcionários

“O objetivo é contribuir para o autoconhecimento e para que o paciente encontre formas de lidar com a dor e o desconforto, que nem sempre são evitáveis”, afirma a doutora em Psicologia, Angélica Nickel Adamoli.
Meditação para a dor iniciativa inédita no HCPA beneficia pacientes, acompanhantes e funcionários

O Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) é um dos poucos hospitais do país a implantar práticas de meditação para ajudar pacientes a lidar com a dor e sintomas como ansiedade e depressão. Sessões de mindfulness estão sendo conduzidas em pacientes da internação e de áreas como a Hemodiálise.


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Os pacientes que apresentam comportamentos como ansiedade e dificuldade de lidar com o tratamento são identificados pelas respectivas áreas e encaminhados para atendimento pelas profissionais do Serviço de Educação Física e Terapia Ocupacional do HCPA, que possuem formação e experiência na abordagem.


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As sessões são realizadas no próprio leito ou durante as sessões de Hemodiálise, e duram entre 20 e 30 minutos. Os pacientes aprendem como dar atenção à respiração, conhecer os sinais que o corpo dá quando está tenso, e, principalmente, lidar com a dor e o desconforto trazidos com os tratamentos.


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Além dos encontros presenciais, eles também recebem áudios para continuar com as práticas e dicas de aplicativos de celular que podem ser usados para a meditação depois da alta clínica.

“O objetivo é contribuir para o autoconhecimento e para que o paciente encontre formas de lidar com a dor e o desconforto, que nem sempre são evitáveis”, afirma a profissional de Educação Física do Serviço de Educação Física e Terapia Ocupacional do HCPA e doutora em Psicologia, Angélica Nickel Adamoli.


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Estudo na Hemodiálise

Em 2021, a pesquisadora conduziu um estudo com 32 pacientes da Hemodiálise do HCPA, em que foram trabalhadas quatro técnicas principais de meditação formal de mindfulness: atenção plena na respiração, escaneamento corporal, movimentos conscientes e prática de compaixão, bem como práticas breves para serem utilizadas informalmente no dia a dia (para sair do piloto automático ou lidar com situações desafiadoras, como a dor).

Os participantes revelaram que a prática do mindfulness trouxe maior consciência de sensações corporais, emoções e pensamentos; menor reatividade para lidar com situações de estresse, maior aceitação das experiências, sensação de bem-estar, mudanças de hábitos alimentares e no consumo de líquidos, melhor relacionamento familiar e autocuidado.

 



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