Tradicionalmente é no mês de maio que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulga os percentuais de reajuste para os planos de saúde individuais e familiares. São quase 10 milhões de consumidores que devem ter essa conta aumentada nos próximos dias. O reajuste dos planos de saúde tem data-base em abril e atrasos no anúncio obrigam os beneficiários a pagarem o saldo retroativo. Em 2012, o aumento foi de 7,93%, acima da inflação do período de 12 meses – que foi de 6,51%.

Os reajustes regulados pela ANS são apenas para os planos individuais, que representam 20% do total de vínculos do setor em todo o país. Os outros 80% são contratos de planos coletivos, que são reajustados livremente e, em 2012, tiveram aumentos médios acima de 10%.

Os planos coletivos são negociados entre as empresas contratantes e as operadoras de saúde, sem ação direta da ANS. No caso dos individuais, um dos critérios do cálculo da ANS é tirar a média dos planos coletivos. Como no ano passado os convênios coletivos de até 30 vidas foram agrupados para ter um reajuste único por operadora, sendo menor a sinistralidade nos grupos maiores, espera-se que os reajustes sejam, igualmente, menores.

Outra expectativa para  um reajuste menor nos planos de saúde é a possível desoneração tributária do setor. O governo federal está negociando reduzir a taxa de impostos para as operadores de planos de saúde e, com isso, conseguir um percentual menor de reajustes para os planos de individuais e também coletivos.

Saiba mais: 2012 registrou aumento de quase 1 milhão de beneficiários de planos de saúde – Receita das operadoras teve crescimento de 12%.