A Libbs Farmacêutica passa a integrar o programa Inova Talentos, iniciativa do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), operado em São Paulo pelo SENAI-SP em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). O programa promove a inserção de pesquisadores, desde o nível técnico até o doutorado, em projetos inovadores e exclusivos dentro de empresas. O objetivo é aproximar academia e indústria para desenvolver soluções em produtos, processos, marketing ou modelos de negócios e, ao mesmo tempo, oferece oportunidade para que pesquisadores apliquem seus conhecimentos em desafios reais do mercado. Segundo o IEL, cerca de 65% dos bolsistas acabam sendo contratados pelas empresas participantes ao final do projeto.

A recente adesão, que representa mais um passo na estratégia da farmacêutica de fomentar a inovação, contempla até o momento dois projetos que demandam bolsistas dedicados: um voltado à produção de relatórios de inteligência competitiva tecnológica e outro ao desenvolvimento de modelos preditivos com uso de inteligência artificial para otimização de processos empresariais.

De acordo com Isabela Angeloni Bueno Camargo, coordenadora de inovação na Libbs, o programa é um valioso instrumento para fomentar inovação com agilidade e alta qualificação técnica e atrair talentos. “Acreditamos na força das conexões entre empresas, pesquisadores e instituições acadêmicas para acelerar soluções em saúde e contribuir com o avanço do setor farmacêutico no Brasil”, afirma.

Com duração inicial de até 12 meses, prorrogável para até 24 meses, os bolsistas atuam de forma exclusiva nos projetos, em cargas horárias de até 40 horas semanais, e são acompanhados por tutores e gestores internos, com metas claras de entrega e avaliação contínua, registrando atividades, avanços e mensurando resultados em um relatório mensal.

“O conhecimento acadêmico traz rigor técnico, visão crítica, capacidade analítica e novidades que podem ser aplicadas na empresa e enriquecem a forma como encaramos os desafios da inovação. Ao mesmo tempo, damos aos bolsistas a chance de vivenciar a dinâmica da indústria, contribuindo para sua formação e empregabilidade”, completa Isabela Angeloni.

Projetos em fase piloto

O programa foi implementado na Libbs pela área de Inovação, com o apoio de áreas como Jurídico, Cultura e Processos, Compliance e Segurança do Trabalho, que contribuíram para a construção dos fluxos internos para garantir conformidade e integração eficiente dos bolsistas. Nesta fase inicial do programa, dois projetos já foram submetidos e três bolsistas, recrutados pelo IEL e SENAI-SP, já estão em atuação na Libbs.

Entre os projetos já em andamento, destaca-se o de Inteligência Competitiva Tecnológica, que, com base na análise de patentes, publicações científicas e informações sobre startups, identifica tendências tecnológicas para apoiar projetos e estratégias da organização. Já o projeto de Inteligência Artificial, conduzido por dois bolsistas com perfis complementares – um mais técnico e outro mais analítico –, busca automatizar e prever cenários de mercado, promover eficiência operacional e precisão na tomada de decisões.

Para Amanda Roberta Pereira da Silva, pesquisadora bolsista do programa na Libbs, a oportunidade tem sido um divisor de águas em sua trajetória. “Hoje, estando dentro da Libbs, eu me encontrei. É um aprendizado diário, em um ambiente onde me sinto acolhida, apoiada e estimulada a crescer”, destaca.

Amanda também reforça a relevância da parceria entre indústria e academia para a inovação no país. “Quando a indústria abre espaço para receber pesquisadores, ela ganha isso: cérebros que vêm com vontade de fazer, de transformar ideias em realidade. Eu vejo que a parceria entre indústria e academia é o caminho para reter talentos no Brasil.”

Nos próximos meses, a Libbs planeja ampliar e abrir espaço e novas vagas para que outras áreas da empresa submetam projetos, fortalecendo sua cultura de inovação aberta e colaborativa.

Regras Inova Talentos

Seguindo os critérios definidos no edital do programa, a Libbs analisa internamente os projetos e, em conjunto com o SENAI-SP, verifica sua elegibilidade para submissão. Em seguida, o IPT é responsável por avaliar e validar oficialmente cada proposta, etapa necessária para o início do processo. São considerados aspectos como grau de inovação, impacto esperado, viabilidade técnica e econômica, adequação do perfil dos bolsistas e relevância estratégica para a empresa. O programa foca em setores como inteligência artificial, internet das coisas, biotecnologia, nanotecnologia, energias renováveis, e tecnologias para qualidade de vida.