Política | 17 de outubro de 2012

IPE impõe novas regras para pagar a conciliação de contas referentes ao período 2005/2009

Decisão ainda precisa ser validada junto ao Grupo Paritário
IPE impõe novas regras para pagar a conciliação de contas referentes ao período 2005:2009

A reunião do Grupo Técnico, vinculado ao Grupo Paritário, para conciliação das contas referentes às glosas 2005-2009 reuniu-se novamente, depois de um período superior a um ano, no dia 16 de outubro. O encontro foi para tentar chegar a uma solução sobre as milhares de notas de cobrança que o IPE afirma que não foram localizadas ou estão incompletas, inviabilizando assim, no entendimento burocrático da autarquia previdenciária estadual, o pagamento dos  R$ 27,51 milhões devidos, anteriormente autorizados, que beneficiam 59  instituições credoras, entre hospitais e clínicas de todo o Estado.

Segundo o assessor da presidência da FEHOSUL, administrador Alcides Pozzobon, que acompanhou a reunião, a “novidade” agora  apresentada pela burocrática gestão do IPE é que “há uma portaria que, após feita a conciliação ou inventário das contas – o que todos os 59 hospitais e clínicas já fizeram no longínquo ano de 2010 – os credores estariam habilitados a, simplesmente, aptos a recursar as glosas. Essa informação, agora elaborada para justificar o incompreensível não pagamento, para nós, é uma novidade que estamos levando aos hospitais para que possam tomar as providências cabíveis”, relatou Pozzobon.

“Em outras palavras,” segundo o presidente da FEHOSUL, Dr. Cláudio Allgayer, “após dar demonstrações inequívocas de despreparo gerencial e má vontade de pagador renitente em honrar seus compromissos, o IPE inventa agora novas fases burocráticas, praticamente recomeçando do zero um processo kafkiano de reconhecimento e pagamento de dívidas”, conclui o presidente da FEHOSUL.

Mesmo diante da generalizada insatisfação e indignação dos presentes, os participantes do Grupo Técnico de Trabalho não tiveram outra alternativa a não ser aceitar alguns requisitos propostos pela Diretoria de Saúde para que seja encaminhado para um fim positivo essa canhestra novela das glosas 2005-2009. A negociação para o pagamento das glosas 2005-2009, agora, será feita com cada hospital credor diretamente com o IPE abrindo um processo  específico para cada um deles.

A FEHOSUL, contudo, em todo este novo processamento, não deixará isolado seus representados, oferecendo-se para acompanhar, passo a passo, cada etapa do específico processo de cada um dos hospitais e clínicas envolvidos. Os novos passos impostos pelo IPE são:

–       Os hospitais e clínicas credoras devem elencar as notas e/ou glosas sobre o que é recursável e o que não é recursável;

–       Cada credor deverá informar qual valor de cada nota glosada que não será recursada por abrir mão, eventualmente, de seu valor (ex: notas abaixo de R$ 2,00 por sua insignificância individual);

–       Os itens remanescentes, em princípio recursáveis, serão, então, por via eletrônica, reapresentados com as justificativas;

–       Após atender todas as regras, a Diretoria do IPE vai se reservar a aplicar, ou não, a auditoria eletrônica e/ou revisão manual caso a caso.

Com base em todas as informações, o IPE vai elaborar uma proposta de portaria para apresentar aos participantes que deverão validar. Em seguida, o mesmo texto também deverá passar pela aprovação dos integrantes do Grupo Paritário.

Em paralelo a tudo isso, a FEHOSUL realizará reuniões com os gestores dos 59 hospitais  e clínicas credoras do IPE para explicar a nova metodologia de re-ratificação para receber parcialmente o que constou da SRN sintética.

Mais uma vez a FEHOSUL, em nome de seus representados, somente aceita as novas e absurdas determinações do IPE com o fim de por termo a este inconcebível processo e viabilizar enfim o recebimento, pelas clínicas e hospitais, do justo valor devido e não pago pelo órgão estadual.

 

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