Desde abril de 2022, o Hospital São Vicente de Paulo de Passo Fundo participa do Programa de Stewardship de Antimicrobianos do Hospital Pequeno Príncipe. O Programa tem o foco no controle e gestão desses medicamentos, incentivando o uso racional e efetivo e a relação entre a equipe multidisciplinar envolvida no atendimento dos pacientes internados nas UTIs Pediátrica e Neonatal.

Os antibióticos são utilizados para o tratamento de diferentes infecções mas, quando usados sem a gestão correta, podem ser uma porta de entrada para o desenvolvimento das superbactérias, aquelas que conseguem resistir ao tratamento com diversos antibióticos. Considerando isso, o Projeto de Stewardship de Antimicrobianos incentiva novas técnicas para o gerenciamento e uso racional desses medicamentos, gerando uma redução do seu consumo e, consequentemente, do tempo de internação, dos custos relacionados à internação e da incidência da resistência microbiana.

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“Alcançamos excelentes resultados em um curto período de tempo. Antes, o gerenciamento de antimicrobianos era centralizado pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e, agora, com a formação do Time de Stewardship, o gerenciamento é feito em conjunto com o serviço de farmácia clínica, com o laboratório e com a equipe médica das UTIs Pediátrica e Neonatal, além do SCIH, proporcionando uma melhora significativa na assistência dos pacientes. Outro avanço foi o desenvolvimento, pelo SCIH e pela Tecnologia da Informação, de um indicador de consumo de antimicrobianos em pediatria (DOT – Dias de Terapia) que poucos hospitais no Brasil possuem. Este indicador permite avaliar a qualidade do uso desses medicamentos, analisar o perfil de consumo e as principais indicações, contribuindo para o desenvolvimento de estratégias pontuais para o uso racional de antimicrobianos em cada unidade de internação’’, conta a farmacêutica do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, Tainara Hackenhaar.

O HSVP é o único hospital do Rio Grande do Sul a participar do projeto que, além de um acompanhamento e troca de experiências com a equipe do Hospital Pequeno Príncipe, referência brasileira no atendimento de pacientes pediátricos, proporciona capacitações aos profissionais. “Melhoramos o registro das intervenções relacionadas a antimicrobianos. Agora todos os profissionais registram de forma padronizada estas intervenções. A partir disso começamos a análise de farmacoeconomia das intervenções e vamos conseguir visualizar o impacto econômico desse trabalho de forma mais fidedigna, além do impacto clínico”, ressaltou a farmacêutica.

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