Gestão e Qualidade | 2 de setembro de 2021

Governo do RS projeta zerar filas em oncologia em seis meses

"A oncologia é a demanda mais dramática e urgente”, explicou o diretor do Departamento de Regulação, Eduardo Elsade
Governo do RS projeta zerar filas em oncologia em seis meses

A equipe do Departamento de Regulação Estadual (DRE), da Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS), e a secretária da Saúde, Arita Bergmann, se reuniram, nesta terça-feira (31), com gestores hospitalares, entidades representativas do setor e Ministério Público do Rio Grande do Sul para recuperar as filas de espera para primeiras consultas na especialidade de oncologia em todo o Estado, que foram prejudicadas durante a pandemia da Covid-19.

“Precisamos dar o atendimento a todos os pacientes com suspeita de câncer, essa é uma situação de extrema angústia para a pessoa. Temos outras especialidades para recuperar, mas a oncologia é a demanda mais dramática e urgente”, explicou o diretor do DRE, Eduardo Elsade.

“Essa pauta nos preocupa muito. Não há mais motivos para as filas de espera seguirem se acumulando”, disse a secretária Arita Bergmann. “Apesar de a oncologia ter se mantido sempre, durante a pandemia, como uma prioridade absoluta, sabemos que existe uma série de motivos para a diminuição de consultas. Não foi apenas a baixa da oferta por parte dos hospitais, mas também as pessoas não queriam entrar nos hospitais e encontraram menos oferta de transporte, por exemplo”, completou.

O objetivo é zerar filas de espera por primeira consulta em oncologia em até seis meses em todas as regiões do Rio Grande do Sul, não apenas na capital, mas por todos os prestadores de serviços da área pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Esses atendimentos são inadiáveis”, destacou a secretária Arita. “Depois da primeira consulta, os pacientes garantem acesso ao tratamento necessário”. A ideia sugerida é a realização de mutirões de consultas.

Menos consultas disponibilizadas em todo o Estado

De março de 2020 a junho de 2021, os hospitais de Porto Alegre disponibilizaram 3.667 consultas a menos do que deveriam ter sido ofertadas. No interior, esse número foi de 3.457. As subespecialidades de oncologia com maior diminuição de oferta nos últimos meses em Porto Alegre foram ginecologia, neurocirurgia, oncopediatria, urologia, entre outras.

A promotora de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Sul, Gisele Monteiro, falou que “mesmo antes da pandemia já havia de lista de espera, mas se agravou”, esclareceu. Para ela, o Ministério Público é completamente parceiro dessa demanda: “O tempo corre ainda mais rápido para esses pacientes”, declarou.

O diretor da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre Oswaldo Luis Balparda disse que, apesar da diminuição da oferta do serviço, a instituição seguiu realizando práticas de mutirões durante a pandemia para não deixar os pacientes desassistidos.

Ações da Secretaria da Saúde

Conforme a SES/RS, a fim de facilitar o acesso dos usuários do SUS aos serviços, a secretaria realizou uma série de ações com os prestadores de serviços hospitalares durante todo o período da pandemia. Entre essas ações, de acordo com a diretora adjunta do DRE, Laura Sarti, estão “a manutenção das consultas e monitoramento mensal dos agendamentos e otimização das agendas. Também estamos trabalhando na ampliação para o interior do Estado do sistema Gercon – um sistema unificado de gerenciamento de consultas. Além disso, orientamos aos municípios para que não deixassem de medir esforços na tentativa de garantir a logística necessária para o acesso aos serviços de saúde desses pacientes”.

Com informações SES/RS. Edição SS.

 



VEJA TAMBÉM