Mundo, Política | 23 de janeiro de 2020

Governo descarta caso suspeito no Brasil de coronavírus

Ministério da Saúde instala Centro de Operações de Emergência (COE) - Coronavírus
Governo descarta caso suspeito no Brasil de coronavírus

Ministério da Saúde descartou que, até o momento, o Brasil tenha algum caso suspeito de coronavírus – na quarta-feira (22), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulgou que estava investigando um caso suspeito de coronavírus em Belo Horizonte (de uma brasileira, de 35 anos, que veio de Xangai, na China).

Entretanto, de acordo com o Ministério da Saúde, o caso noticiado pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais não se enquadra na definição de caso suspeito da Organização Mundial da Saúde (OMS), tendo em vista que a paciente esteve em Xangai, onde não há, até o momento, transmissão ativa do vírus. De acordo com a definição atual da OMS, só há transmissão ativa do vírus na província de Wuhan.

Segundo informações recentes, 9 países confirmaram casos. A grande maioria (634 casos de um total de 644) foi identificada na China. O governo chinês confirmou no dia 23, 17 mortes. A primeira morte ocorreu no começo de janeiro.

Prevenção

Embora a causa da doença e o mecanismo de transmissão sejam desconhecidos, no Brasil, o Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de infecções respiratórias agudas.

Entre as orientações estão: evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas; realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente; evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.

Ministério da Saúde instala Centro de Operações de Emergência (COE)

Diante dos casos de doença respiratória na China, causada pelo novo Coronavírus, o Ministério da Saúde instalou, na quarta-feira (22), o Centro de Operações de Emergência (COE) – Coronavírus.

De acordo com o Ministério da Saúde, o comitê tem como objetivo preparar a rede pública de saúde para o atendimento de possíveis casos no Brasil. Até o momento, não há detecção de nenhum caso suspeito no país.

A pasta tem realizado monitoramento diário da situação junto à Organização Mundial da Saúde (OMS), que acompanha o assunto desde as primeiras notificações de casos em Wuhan, na China, no dia 31 de dezembro de 2019.

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O COE é composto por técnicos especializados em resposta às emergências de saúde pública. Além do Ministério da Saúde, compõe o grupo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Instituto Evandro Chagas (IEC), além de outros órgãos. Desta forma, o país poderá responder de forma unificada e imediata à entrada do vírus em território brasileiro.


Para subsidiar os profissionais de saúde, o Ministério da Saúde atualizou o Boletim Epidemiológico com orientações em todas as áreas de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS), além de deixar clara a definição de casos suspeitos, prováveis, confirmados e descartados.

O Ministério da Saúde afirma que, desde que teve conhecimento sobre os casos de pneumonia grave na China, o Governo Federal brasileiro adotou diversas ações para o monitoramento e o aprimoramento da capacidade de atuação do país.


 

Entre as ações, estão a adoção das medidas recomendadas pela OMS; a notificação da área de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); a notificação da área de Vigilância Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); e a notificação às Secretarias de Saúde dos Estados e Municípios, demais Secretarias do Ministério da Saúde e demais órgãos federais com base em dados oficiais, evitando medidas restritivas e desproporcionais em relação aos riscos para a saúde e trânsito de pessoas, bens e mercadorias.


Umas das principais preocupações: hospitais e equipes médicas

Segundo informações do site da National Health Commission of the People’s Republic of China (Ministério da Saúde da Chinia), os hospitais de Wuhan têm intensificado os esforços para controlar as infecções que ocorrem nestes ambientes. Até 20 de janeiro, 15 profissionais médicos de Wuhan foram confirmados de contrair pneumonia causada pelo novo coronavírus, com um suspeito. Um desses 16 pacientes está em estado crítico e o restante se encontra em condição estável. Todos estão sendo tratados isoladamente, segundo o departamento de saúde de Wuhan.

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A infecção de trabalhadores médicos fez com que os hospitais redobrassem as medidas de prevenção ao contágio. Segundo o órgão, qualquer trabalhador hospitalar que demonstre sintomas da doença precisa procurar diagnóstico e tratamento médico imediato, disse Jiao Yahui, vice-chefe do departamento de administração e supervisão médica.

O presidente chinês Xi Jinping enfatizou que as informações sobre o surto continuarão sendo divulgadas em tempo hábil. O presidente ordenou que sejam feitos esforços resolutos para conter a propagação do vírus, enfatizando que a saúde e a segurança das pessoas devem ser as principais prioridades.

 

Com informações do Ministério da Saúde, Empresa Brasil de Comunicação e National Health Commission of the People’s Republic of China. Edição do Setor Saúde.

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