Mundo, Tecnologia e Inovação | 10 de junho de 2015

Ferramenta pode prever com precisão o risco de morte dentro de um ano

Avaliação de pacientes após a admissão ao hospital é feita com dados coletados rotineiramente
Ferramenta pode prever com precisão o risco de morte dentro de um ano

Um estudo publicado no Canadian Medical Association Journal revela que uma ferramenta criada pela Universidade de Otawa pode prever, com precisão, o risco de morte para pacientes dentro de um ano após a admissão ao hospital. O diagnóstico é feito com dados coletados rotineiramente.

Segundo Carl van Walraven, pesquisador do Hospital de Ottawa e da Universidade de Ottawa e desenvolvedor da ferramenta, “uma avaliação precisa do risco de morte, sobretudo se o risco é elevado, poderia motivar e informar as discussões entre médicos e pacientes quanto a metas de atendimento”, salientou.

Pesquisadores do Canadá e Estados Unidos analisaram, durante oito anos, dados sobre pacientes que foram admitidos em instituições de Ontario (2,8 milhões de pessoas), Alberta (210,5 mil) e no Brigham and Women’ Hospital (66,6 mil) em Boston. O objetivo era determinar o “HOMR”, um modelo que pode prever com precisão o risco de morte em um grupo diverso de pacientes. A ferramenta ajuda a predizer o risco de morte analisando informações como idade, sexo, estilo de vida, número de complicações médicas, entre outras.

O estudo acompanhou um grande grupo de adultos de Ontario, Alberta e Boston, admitidos por condições não psiquiátricas. Pacientes de Alberta eram mais jovens, e os de Boston tinham um número maior de doenças crônicas. O risco médio de morte após um ano de internação foi de 8,7%, variando substancialmente de acordo com as características do paciente.

Conforme o Canadian Medical Association Journal, a pesquisa diz que “o HOMR pode ser utilizado com confiança para predizer o risco de morte dentro de um ano após a admissão utilizando dados administrativos de saúde”. Mais pesquisas devem ser realizadas para possibilitar a utilização da ferramenta nas linhas de frente das rotinas médicas.

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