30 de julho de 2018

Como a hepatite C atinge outros órgãos além do fígado – Porto Alegre (Hospital Moinhos de Vento)

Evento científico explica como a hepatite C atinge outros órgãos além do fígado

Edição de julho do Grand Round do Hospital Moinhos de Vento reforça meta do Ministério da Saúde de erradicar a doença no Brasil até 2030

O tema “Hepatite C: uma doença além do fígado” será debatido no Grand Round Hospital Moinhos de Vento. As manifestações extra-hepáticas do vírus serão discutidas por especialistas dia 31 de julho, das 12h15 às 13h15, no Anfiteatro Schwester Hilda Sturm (4° andar do Bloco C).

Instituída pela Organização Mundial de Saúde, o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais (28/7) é um importante reforço na divulgação e conhecimento sobre esta condição. Desde 2010, o Ministério da Saúde tem cumprido uma série de metas e ações integradas de prevenção e controle para o enfrentamento dos tipos A, B e C da doença no Brasil. Para isso, criou um plano para eliminar o tipo C do vírus até 2030. Em iniciativa conjunta com estados e municípios, o Ministério da Saúde pretende simplificar o diagnóstico, ampliar a testagem e fortalecer o atendimento aos pacientes.

A hepatite é a inflamação do fígado, uma condição que nem sempre apresenta sintomas. Muitas pessoas só percebem que estão doentes quando as manifestações já são graves, como cirrose ou câncer de fígado. Porém, outras tantas complicações podem ter associação com o vírus, como linfomas, diabetes mellitus, insuficiência renal, dor articular entre outras.

A importância do diagnóstico precoce da Hepatite C é determinante para evitar a transmissão ou a progressão dessas doenças e suas graves consequências. A transmissão ocorre por sangue contaminado, compartilhamento de objetos perfurocortantes ou de higiene pessoal, de mãe para filho no período do nascimento e, raramente, por relação sexual desprotegida. Atualmente, as opções de tratamento disponíveis são por via oral, por 12 semanas, e alcançam taxas de cura acima de 95%. Quanto mais precoce é o tratamento, maior é probabilidade de cura.

“Cerca de 1% da população é infectada pelo vírus em nosso meio. Mas apenas 15, 20% sabem que tem o vírus e no máximo 20, 30% destes já foram tratados. Ou seja, apenas 3 a 6% do total de infectados pelo vírus C já receberam tratamento. Todos devem realizar exames ao menos uma vez na vida para rastreamento de hepatite C, já que a doença não provoca sintomas nos estágios iniciais, e todos os portadores são candidatos a tratamento”, destaca Fernando Wolff, coordenador clínico do Núcleo de Doenças do Fígado e que também será palestrante do evento.

O Serviço de Radiologia da instituição é o único de Porto Alegre a oferecer a elastografia hepática por ressonância magnética. O método permite detectar o grau de fibrose hepática e simultaneamente quantificar a gordura e a quantidade de ferro presente no fígado. Além disso, o Hospital Moinhos de Vento conta com uma equipe de multiespecialidades altamente qualificada para atender pacientes com doenças hepáticas.

O Grand Round contará com a participação do professor titular de Gastroenterologia e Hepatologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Hugo Cheinquer, do coordenador cirúrgico do Núcleo de Doenças do Fígado, Antônio Nocchi Kalil, e do supervisor do Programa de Residência Médica em Gastroenterologia, Leonardo Wagner Grillo.

Com entrada franca e vagas limitadas, as inscrições para o Grand Round podem ser realizadas previamente pelo site www.iepmoinhos.com.br/eventos . Mais informações pelo telefone (51) 3537-8735.