A empresa norte-americana Eli Lilly pretende ampliar de forma robusta o seu mercado no Brasil nos próximos cinco anos. O objetivo é alcançar a liderança no tratamento de diabetes e, ainda, se consolidar através de produtos para a saúde masculina.

O presidente nacional da Eli Lilly, Julio Gay-Ger, afirmou ao Valor Econômico que a meta é “oferecer um portfólio para diabetes que deve abranger todos os segmentos de tratamentos injetáveis e orais”A multinacional projeta, até o fim de 2014, o lançamento de alguns produtos que atualmente estão em processo de avaliação junto à FDA (órgão regulador dos EUA) e que também serão submetidos à Anvisa. Além da empagliflozina (para tratamento oral), insulinas análogas basais, que fazem parte de uma parceria com o laboratório alemão Boehringer Ingelheim, são apostas para ampliar o portfólio de medicamentos contra o diabetes. Outra molécula a ser lançada (dulaglutida), é injetável e reduz a utilização para somente uma vez por semana.

Em relação à saúde masculina, a multinacional se prepara para uma fase complicada, uma vez que perderá a patente do medicamento para disfunção erétil (Cialis), que obtém 24% do mercado. Mesmo com a iminente concorrência de genéricos, a Eli Lilly não reduzirá o preço da droga.

Dados da consultoria IMS Health indicam que o mercado de insulinas brasileiro somou R$ 1,3 bilhão em 2013. A Lilly atua – e lidera – em três segmentos do tratamento de diabetes no país: insulinas análogas ultrarrápidas, pré-misturas e as insulinas humanas.

O Brasil possui cerca de 11,9 milhões de diabéticos (dados de 2013), de acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF). Até 2035, a expectativa é que o total chegue a 19,2 milhões.

A multinacional não divulga faturamento e lucros referentes ao Brasil. No entanto, em escala global, o faturamento em 2013 foi de US$ 23 bilhões.