DRG: Metodologia assistencial e de gerência de custos é tema de evento na FASAÚDE

Atividade contou com a participação dos principais estabelecimentos de atenção à saúde do RS

Na quinta-feira, 31 de agosto, a Faculdade de Tecnologia em Saúde (FASAÚDE/IAHCS) e a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul (FEHOSUL) realizaram atividade sobre o Diagnosis Related Groups (DRG), para um grande número de profissionais. O DRG – ou Grupos de Diagnósticos Relacionados – pode ser classificado como uma refinada metodologia de gerenciamento de custos e qualidade assistencial, que permite a elaboração de pacotes clínicos e cirúrgicos para a comercialização de serviços hospitalares, baseando-se em informações coletadas a partir da internação do paciente.

O evento foi ministrado pelo professor convidado da FASAÚDE, Salvador Gullo Neto, mestre e doutor em medicina. A abertura do evento contou com a presença do presidente da FEHOSUL, Cláudio José Allgayer, e do coordenador dos cursos de pós-graduação e extensão da FASAÚDE, Prof. Paulo Petry.

Claudio Allgayer, Salvador Gullo Neto e Paulo Petry

O objetivo da atividade foi habilitar e qualificar os profissionais que atuam, ou desejam atuar, nas áreas assistenciais, de gestão, administração, custos ou auditoria em serviços de saúde, com o uso de conhecimentos embasados em evidências científicas.

Entre os temas discutidos no evento destacam-se o cenário da saúde, relatório da ANS 2017, modelos de remuneração, conceito do DRG, codificação, resultados e indicadores assistenciais, negociação e uma análise crítica da situação da saúde.

O médico e professor Salvador Gullo Neto abordou diversos assuntos além do DRG, desde a história da medicina até a recente retração na saúde suplementar. “Nos últimos 15 anos a gente vinha crescendo, até chegar em março de 2015 quando a coisa começou a despencar. A saúde suplementar teve uma perda significativa”, conta. À reportagem do Setor Saúde, o palestrante contou um pouco mais sobre DRG, como funciona e sobre os processos que fazem parte desse modelo assistencial e de remuneração:

Para o Dr. José Accioly Jobim Fossari, Gerente de Internação do Hospital Nossa Senhora da Conceição (GHC), o DRG “otimiza, organiza, faz com que realmente nós possamos ter um olhar mais claro do que está acontecendo na instituição, e que, muitas vezes, sem essa organização, fica perdida, com custos altos”. O Gerente também explica que ao otimizar os custos, a instituição tem condições “de dar uma assistência para um maior número de pessoas com uma qualidade extremamente adequada”. Por isso, Dr. Fossari acredita que o curso da FASAÚDE/FEHOSUL é “fundamental porque permite que possamos fazer as reflexões necessárias dentro da instituição”.

Estiveram participando da atividade representantes de importantes instituições de saúde gaúchas, como o Hospital Ernesto Dornelles, Grupo Hospitalar Conceição, São Lucas da PUCRS, Divina Providência, Moinhos de Vento, IPERGS, Unimed, Mãe de Deus, Hospital Militar, Cristo Redentor, DiagLaser, Clínica Odontológica Sasso e do Exército; dentre outros.

Recentemente, o Hospital Mãe de Deus e a Unimed Porto Alegre lançaram um projeto piloto para testar o uso do DRG. Em dezembro de 2016, José Henrique Germann, do Hospital Albert Einstein, falou em Porto Alegre sobre a metodologia, em evento da FEHOSUL e Sindihospa, com apoio da FASAÚDE/IAHCS.