Política | 26 de maio de 2017

Doria promete zerar fila das cirurgias em 18 meses

Procedimentos gerais e ginecológicos estão na fase inicial do “Corujão da Cirurgia”  
Doria promete zerar fila das cirurgias em 18 meses

A fila de cirurgia na cidade de São Paulo será zerada em um ano e meio. Esta é a meta do prefeito João Doria (PSDB) anunciada no dia 26 de maio, juntamente com o secretário da Saúde Wilson Pollara. Para alcançar a promessa, centros cirúrgicos de cinco hospitais passarão a funcionar 24 horas por dia, todos os dias da semana. Atualmente, existem 68 mil pacientes que aguardam por cirurgia. A ação é a segunda iniciativa do Corujão, que zerou a fila para exames em 83 dias.

Segundo o Prefeito, a ideia é “zerar gradualmente” o número de pacientes já diagnosticados que aguardam por cirurgia. “Você tem uma estocagem de uma fila grande, que foi herdada do ano passado, e mais as necessidades recorrentes, mês a mês, que se apresentam às unidades de saúde”, afirmou.

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O “Corujão da Cirurgia”, será dividido em quatro fases, com previsão de seis meses cada uma. A Prefeitura deve usar os primeiros 15 dias para comunicar-se com todos os pacientes. Primeiro, é marcada uma consulta com um cirurgião para avaliar se o procedimento ainda é necessário. Depois, é feita uma consulta pré-operatória. A previsão é que as cirurgias só comecem no dia 15 de junho. O custo previsto do programa é de R$ 15,8 milhões, segundo a Prefeitura.

Fases

1ª  Cirurgias gerais e ginecológicas (que necessitam de internação e deve atender 25.950 pacientes)

2ª Cirurgias ambulatoriais

3ª Intervenções urológicas

4ª Cirurgias ortopédicas

“Pela necessidade de utilização de próteses, nós vamos ter de estabelecer como essas próteses vão ser adquiridas”, afirmou Pollara. Segundo ele, as empresas serão chamadas para fazer “uma negociação especial”.

Produção

A meta do Corujão é realizar até oito procedimentos por dia em cada uma das 30 salas cirúrgicas, totalizando uma produção de cerca de 7.200 cirurgias por mês.

Para isso, está previsto o pagamento de plantão extra para cirurgiões, enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais profissionais necessários. As equipes que realizarem mais de quatro operações em 12 horas ganharão como bônus 10% do valor do plantão para cada procedimento extra efetuado nesse período.

Os procedimentos serão realizados em cinco hospitais, sendo quatro públicos:

Hospital Universitário (HU), na Zona Oeste

Hospital Municipal Doutor Arthur Ribeiro de Saboya, na Zona Sul

Hospital Municipal Vereador José Storopolli, na Zona Norte

Hospital Municipal Moyses Deutsch, na Zona Sul

E um considerado “privado”, com a participação do BP Hospital Filantrópico, unidade hospitalar da Beneficência Portuguesa de São Paulo, conhecido como Hospital Santo Antônio, que é da rede particular mas oferece somente atendimento pelo SUS.

A ação acontece concomitantemente ao atendimento de novas solicitações. “É importante destacar que as demais salas de cirurgia destes hospitais e das demais unidades da rede municipal seguem a rotina e terão condições de manter o atendimento dos novos encaminhamentos inseridos em rede”, destaca Wilson Pollara, secretário municipal da Saúde. Atualmente, a rede municipal de saúde conta com 81 salas cirúrgicas.

Corujão da Saúde

Em menos de três meses, o Corujão da Saúde atendeu 99,65% dos 485.300 exames em espera no ano passado, praticamente zerando a fila. Iniciado em 10 de janeiro, o programa realizou 342.741 procedimentos. O atendimento foi realizado em hospitais e clínicas das redes pública, particular e filantrópica, que ofertam exames extras em horários alternativos, conforme a capacidade ociosa de cada local.

Secretário Municipal da Saúde de São Paulo, Wilson Pollara

Secretário Municipal da Saúde de São Paulo, Wilson Pollara

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