Gestão e Qualidade, Política | 11 de abril de 2017

Em Porto Alegre, Doria fala entusiasmado sobre o Corujão da Saúde

Prefeito paulistano defendeu gestão e transparência para encontrar as soluções na saúde
Doria_Principal

Na segunda-feira, 10, o atual prefeito de São Paulo, João Doria, esteve em Porto Alegre para realizar a palestra de abertura do 30º Fórum da Liberdade. No Centro de Convenções da PUCRS, completamente lotado, mais de duas mil pessoas puderam acompanhar o prefeito paulistano falar sobre eleições, inovação, gestão, política nacional e, também, sobre saúde, em seu 100º dia de governo. Na plateia, estiveram nomes como o prefeito de Porto Alegre Nelson Marchezan, Jorge Gerdau (Gerdau) e Nelson Sirotzky (Grupo RBS).

Cerca de 2 mil pessoas presentes na abertura do Fórum da Liberdade em Porto Alegre

Cerca de 2 mil pessoas presentes na abertura do Fórum da Liberdade em Porto Alegre

 

Durante sua palestra, de quase 40 minutos, Doria falou sobre o programa Corujão da Saúde, que cumpriu a meta estabelecida de zerar a fila de 485,3 mil exames da rede municipal de São Paulo em três meses. Segundo o prefeito, o problema foi resolvido em 83 dias “com gestão” e sem “milagres”. Doria ainda afirmou que “não teve mais dinheiro [da prefeitura investido]”. Foi “o mesmo recurso que estava ali, colocado no orçamento. [Pagamos] Tabela SUS”. O Corujão da Saúde fez 44 convênios para a realização dos exames, com hospitais públicos e privados de referência, como o Albert Einstein, Sírio-Libanês e Oswaldo Cruz. Muitos destes hospitais de referência aceitaram atender nos horários de menor movimento, principalmente nas madrugadas. Doria ainda afirmou que “os desafios continuam sendo demandados”, e que agora as pessoas devem realizar seus exames em, no máximo, 60 dias, e “se houver qualquer desregulação, imediatamente o Corujão da Saúde volta a operar”, complementou.

Doria teve que responder muitas indagações sobre a possibilidade de concorrer à presidência da República em 2018

Doria teve que responder muitas indagações sobre a possibilidade de concorrer à presidência da República em 2018

 

Ainda sobre a saúde na maior cidade do país, Doria falou aos presentes que realiza periodicamente visitas surpresas a estabelecimentos de saúde e, durante algumas dessas visitas, constatou que havia falta de medicamentos na rede pública de São Paulo. O prefeito contou que chamou pessoalmente presidentes de vários laboratórios nacionais e internacionais e pediu a doação dos medicamentos que a cidade precisava. “Preciso da ajuda de vocês. Nós não temos dinheiro para fazer a compra agora de medicamentos no volume necessário, e se tivéssemos dinheiro não teríamos o tempo suficiente para o atendimento à população que precisa de medicamentos”, afirmou o prefeito. “Conseguimos”, concluiu Doria. A doação colocou 83% da necessidade de medicamentos da cidade nos postos de saúde da rede municipal. “Gestão”, frisou, novamente, o prefeito.

Os remédios custaram 128 milhões de reais, e foi preciso contar com a ajuda do governo estadual, já que as empresas pediram uma contrapartida, a isenção da incidência do ICMS desta doação. Assista no vídeo Doria explicando esta e outras soluções encontradas:

Doria_Filipe_Marchezan

 

Em um curto e concorrido período – de apenas dois minutos – para o atendimento aos jornalistas após a palestra, a reportagem do Setor Saúde fez a primeira pergunta ao prefeito João Doria: “o Sr. acha que o Corujão da Saúde poderia ser ‘exportado’ para outras cidades?” Segundo o prefeito, de 6 a 7 prefeitos o procuram por semana, em média, para saber como funciona o Corujão e outras iniciativas. Assista:

Outras declarações de Dória:

“Não ataquei meus concorrentes, nem paguei jornalistas para falar mal de outros candidatos, busquei falar a verdade e apresentar boas propostas”.

“Não existe negócio solitário, o bom empresário sabe disso, é preciso formar um grupo sem ideologias políticas, mas com ficha limpa e adequações aos cargos”.

“Não importa se meu antecessor deixou déficits, a partir de 1° de janeiro a responsabilidade é minha”.

“Vamos privatizar parques, terminais de ônibus, emissão de bilhetes e serviços funerários, pois o setor privado pode gerar mais empregos, melhores salários e mais recursos para melhorias na saúde, educação e segurança. Isso não significa que as pessoas vão ter que pagar para ir ao parque, não é nada disso, isso significa que estamos impulsionando a economia e lutando contra a miséria”.

“Não sou candidato a governador, nem a presidente, meu objetivo agora é ser o melhor prefeito para essa cidade e, para conseguir isso, não preciso ser candidato a mais nada”.

“É com o trabalho que se conquistam as coisas, não com contratos milionários feitos com multinacionais”.

“Eu não vou me calar diante desta minoria que destruiu o Brasil, amo minha pátria e vou fazer dela um lugar melhor”.

“Eu não vou me calar diante desta minoria que destruiu o Brasil, amo minha pátria e vou fazer dela um lugar melhor”

“Eu não vou me calar diante desta minoria que destruiu o Brasil, amo minha pátria e vou fazer dela um lugar melhor”

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