Na manhã desta quinta-feira, 3, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) confirmou que Elano Rodrigues Figueiredo não faz mais parte da sua diretoria. Ele renunciou ao cargo após a Comissão de Ética da Presidência da República entender que  houve conduta éticamente reprovável ao omitir informações em seu currículo, de que já tinha trabalhado em empresas privadas de planos de saúde.

Em carta enviada à presidente Dilma Rousseff, o então diretor  Figueiredo rebateu a recomendação de demissão, feita pela Comissão de Ética, e considerou que ” mesmo  convicto de que não pratiquei nenhuma irregularidade, seja ética, moral ou legal, penso que o referido pronunciamento torna insustentável a continuidade do meu mandato”, declarou.

Em julho, sua indicação para a ANS fora aprovada por unanimidade. Porém, no currículo enviado para subsidiar sua indicação à diretoria da ANS, diz apenas que trabalhou “na gestão de departamento de advogados”, “em ações de grande vulto envolvendo saúde”, e nada  consta a respeito da sua atuação como diretor jurídico da Hapvida, uma das empresas que é alvo de mais reclamações dos consumidores (18º lugar na lista da ANS com as 100 operadoras que mais recebem queixas). Figueiredo também atuou como advogado da Unimed, incluindo ações contra a própria ANS.