Você sabe o que é um processo de coaching, para que serve ou quais as vantagens em participar de um treinamento de coaching? O coach Renato Morandi, da Personal Consulting, contou um pouco sobre o trabalho que realiza na sua empresa e que é voltado para o desenvolvimento do potencial humano baseado na experiência de executivos sêniores. Engenheiro químico especialista em Gestão de Negócios e Coaching,  Renato Morandi participou de uma edição do Fórum FEHOSUL RH, promovido pela FEHOSUL, que reúne os gestores da área de Recursos Humanos de hospitais, laboratórios e laboratório do Rio Grande do Sul.

Setor Saúde – Como é realizado um trabalho de coaching?

Renato Morandi – O coaching pode ser realizado de duas maneiras: para pessoas físicas ou contratado por pessoas jurídicas, empresas, que desejam trabalhar profissionais específicos que, normalmente, estão em cargos de gestão. Quando se contrata um coach, após o contato inicial é estabelecido um número determinado de encontros, definidos os objetivos que se almeja com aquele trabalho, qual é o problema que o profissional (seja ele pessoa física ou jurídica) enfrenta e qual será o tempo para alcançar essas metas estabelecidas.

Setor Saúde – E qual é o tempo médio para realizar um trabalho de coaching?

Renato Morandi – Em geral dura de 6 a 8 meses e os encontros podem ser semanais, quinzenais ou mensais. Para as pessoas jurídicas – que é um contrato estabelecido entre a empresa e o profissional baseado em um formato triangular com a participação do líder, do coach e do coachee (colaborador que vai receber o coaching) – normalmente são definidos entre 13 a 16 encontros que é o período para fazer o processo necessário de aprendizagem.

Setor Saúde – E como é feita a participação do líder nesse formato de coaching?

Renato Morandi – A participação do líder é fundamental. É ele quem vai dar o tom no trabalho de desenvolvimento com relação ao que a organização espera desse colaborador. Sem o envolvimento do líder, sem saber quais são as expectativas da empresa, o trabalho não pode ser realizado. A transparência também é muito importante nesse formato de coaching. Se o coach recebe uma informação da organização e não pode repassá-la ao coachee, o trabalho fica inviabilizado.

Setor Saúde –  O que é feito durante o coaching? Quais são as capacidades desenvolvidas com o coachee?

Renato Morandi – É importante frisar que não são competências técnicas que trabalhamos durante o coaching. Desenvolvemos o lado comportamental das pessoas, contribuímos para ampliar a visão sistêmica, além de desenvolver habilidades e o relacionamento interpessoal. É importante frisar que o coaching é um processo de aprendizagem, de mudança. O profissional que está recebendo o coaching sai da sua zona de conforto, entra em declínio em uma zona de desconforto onde passa por várias fases – fase da negação, da frustação, da barganha, também enfrenta algum momento de raiva ou de emoção intensa –, e depois começa a aceitar a nova realidade e entra na curva de ascendência. É trabalho do coach conduzir esse processo e auxiliar o coachee na compreensão de como funciona o seu sistema interno de forma que tudo possa fluir de outra maneira, para melhor.

Setor Saúde –  E quais são as vantagens para o profissional que participa, que recebe o coaching?

Renato Morandi – O trabalho contribui para que o gestor compreenda e melhore a gestão das pessoas da sua equipe, além de ser muito útil nos processos de mudanças das organizações. Melhorar o relacionamento inter-pessoal e a percepção que o gestor tem das pessoas e dos processos é outra vantagem para o coachee. E a empresa tem um profissional mais motivado e preparado para desempenhar as funções para o qual foi contratado.