Gestão e Qualidade | 20 de abril de 2016

6 estratégias para lideranças enfrentarem períodos turbulentos

Alta rotatividade de profissionais pode ter diferentes causas, entre elas a perda de confiança no líder
6 estratégias para lideranças enfrentarem períodos turbulentos

Em 2012, Arthur Gonzalez assumiu o cargo de CEO da Denver Health Medical Center (EUA). Desde então, pelo menos, cinco gestores hospitalares abandonaram suas funções voluntariamente, incluindo chefes dos setores de cirurgia.

O consultor de comunicação com atuação no mercado da saúde no estado do Colorado (EUA), Bill Sonn, declarou ao periódico The Denver Post que “para qualquer organização, esse volume da rotatividade de profissionais é um alerta vermelho”. Segundo o especialista, “ver um talento ir embora muitas vezes indica algum tipo de disfunção na comunicação, na compensação ou na tomada de decisão compartilhada”.

Ao longo dos últimos dois anos, o Verily do Google (setor corporativo que era conhecido como Google Life Sciences, focado em “usar a tecnologia para melhor compreender a saúde, assim como prevenir, detectar e gerenciar doenças”), perdeu mais de uma dúzia de funcionários da alta cúpula – muitos dos quais ajudaram a lançar a empresa. De acordo com reportagem do portal Stat News, o principal motivo para essas saídas foi a dificuldade em trabalhar com um dos seus CEOs.

Rob Enderle, analista de tecnologia que tem monitorado o Google desde a sua criação, disse que se os melhores talentos estão “abandonando a montanha-russa antes que ela chegue à primeira descida”, isso sugere que as pessoas “estão perdendo a confiança na liderança”.

Em um momento ou outro, a maioria das organizações vai passar por tempos turbulentos e mudanças executivas. Mas como resistir às “tempestades” que toda liderança pode passar em algum momento de sua trajetória profissional?

O portal Healthcare Dive apresentou seis estratégias que podem ajudar, tanto lideranças quanto os seus colaboradores.

1 – Concentre-se em uma prioridade. “Muitas vezes, os líderes tentam realizar muitas coisas ao mesmo tempo e não são capazes de alcançar resultados adequados em nenhuma delas”, diz Andrew Miller, presidente da empresa de consultoria ACM Consulting. “As lideranças da saúde precisam imaginar seu estado futuro ideal e, em seguida, encontrar a maneira mais rápida e mais eficaz de alcançá-lo. Com esse foco, os funcionários não só entenderão a direção da empresa, mas também podem imaginar o seu papel na realização. Isso ajuda dramaticamente na atração e na retenção das melhores pessoas”.

2 – Maximizar o impacto de novas iniciativas. “Especialmente em tempos difíceis, muitas vezes não há orçamento para investir em novas ideias ou inovações. As organizações de saúde precisam ser capazes de determinar quais são as melhores ideias e maximizar o impacto das mesmas”, diz Miller. “Isto inclui formalizar como será o processo da ideia e reconhecer a contribuição das pessoas nesse processo”.

3 – Administre seu estresse. “CEOs que falham durante turbulências, grandes alterações ou outros tipos de incertezas, o fazem porque reagem muito rapidamente”, diz Simma Lieberman, da empresa de consultoria Simma Lieberman Consulting. Ela diz que os líderes reativos, ao invés dos pró-ativos, tendem a perder o controle de áreas e funções que são controláveis; eles também perdem a conexão com a sua equipe e funcionários.

4 – Passe mais tempo com a equipe. Simma Lieberman sugere que as lideranças sejam transparentes sobre o que está acontecendo na organização, deixando o pessoal saber o que a instituição requer deles. “Envolver as pessoas certas irá facilitar o trabalho e manter as pessoas ao redor, focadas e produtivas”, diz ela.

5 – Desenvolver metas de longo prazo. “Focar na criação de metas de longo prazo sobre a forma como a sua organização vai atender as demandas impostas pela transformação no setor de saúde – começando com uma compreensão de onde a instituição está agora e uma discussão sobre onde quer estar”, diz Christine Rivers, vice-presidente e especialista em liderança executiva da empresa de consultoria Korn Ferry Hay Group. “Tenha conversas estratégicas com todos os líderes em sua organização sobre como o sucesso de metas de longo prazo será – daqui há um, dois ou três anos –, assim todos estarão alinhados sob um foco unificado”.

6 – Ficar à frente e bem informado sobre a evolução das tendências estratégicas.Não apenas o sistema de saúde, mas outros fatores externos aparentemente não relacionados e outros fenômenos afetam sua organização”, diz Christine Rivers. “Estas tendências podem incluir a crescente escala organizacional, um intenso foco em melhores resultados em saúde, a redução dos custos, a mudança drástica de paradigmas de serviços e inovação focados em manter as pessoas saudáveis ​​desde o início”, conclui.

Quer saber mais sobre liderança? Leia As 15 doenças da liderança segundo Papa Francisco 

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