Transição ocorre após a entrega do turnaround, com a Viveo entrando em fase de melhorias de margens, eficiência operacional e geração consistente de caixa.
A Viveo, maior ecossistema integrado de produtos, serviços e soluções para o setor de saúde do país, anunciou hoje uma transição planejada em sua liderança executiva. Após oito anos à frente da companhia, Leonardo Byrro deixará o cargo de CEO em 15 de janeiro de 2026, concluindo um ciclo de transformação de uma empresa de puro player de distribuição hospitalar em um ecossistema único no setor de saúde brasileiro.
O Conselho de Administração elegeu André Clark como novo CEO. André Clark é executivo com ampla experiência em diferentes indústrias de alta complexidade no Brasil e América Latina, tendo atuado, mais recentemente, como Vice-Presidente Sênior da Siemens Energy para a América Latina e General Manager da Siemens Energy Brasil, além de ter ocupado, anteriormente, as posições de Presidente e CEO da Siemens Brasil e de CEO da Acciona para Brasil, Bolívia, Uruguai e Paraguai.
Byrro permanecerá na Viveo ao longo do primeiro trimestre de 2026, apoiando o processo de transição e garantindo plena continuidade das estratégias em execução
Desde 2017, com o ingresso da DNA Capital, a Viveo iniciou uma jornada de consolidação no setor. Entre 2017 e 2023, a receita avançou de R$ 1,7 bilhão para mais de R$ 11 bilhões, crescimento de 6,5 vezes, impulsionada por expansão orgânica e 25 aquisições estratégicas. Nesse período, o EBITDA ajustado multiplicou-se por mais de oito vezes, acompanhando a formação de um ecossistema que passou de 800 para mais de 6.500 colaboradores.
Neste ciclo, a Viveo ampliou sua presença em hospitais, clínicas, laboratórios, varejo e outros canais, expandiu seu portfólio com marcas próprias, serviços logísticos e soluções especializadas, realizou seu IPO em 2021 e follow-on em 2023, consolidando-se como uma das principais plataformas do setor.
A expansão exigiu uma reorganização e reconstrução operacional. A partir de 2023, a companhia integrou mais de 18 CNPJs, reduziu 10 ERPs, implantou WMS em centros de distribuição e redesenhou sua malha logística, com aberturas, reformas e fechamento de CDs. Em 2024, diante de mudanças macroeconômicas, efeitos regulatórios e ajustes na cadeia de saúde, a Companhia enfrentou desafios de margem, capital de giro e eficiência operacional.
Após um diagnóstico profundo, a Companhia liderou um programa estruturado de transformação, focado em excelência operacional e reorganização logística; disciplina comercial e renegociação de contratos com foco em melhoria de margens em todos os negócios, gestão rigorosa de custos e despesas e reequilíbrio do capital de giro.
Os efeitos dessa agenda ficaram evidentes na evolução dos resultados ao longo de 2025 e no terceiro trimestre do ano a Companhia apresentou:
• Margem bruta de 14,7%, maior nível desde 2023 (+1,4 p.p. vs. 3T24).
• EBITDA ajustado de R$ 172,9 milhões, alta de 13,1% e margem de 6,1%, melhor patamar dos últimos quatro trimestres.
• Lucro líquido de R$ 226,9 milhões, revertendo prejuízos anteriores.
• Geração de caixa livre de R$ 167 milhões.
• Alavancagem recuou para 4,17x, menor nível do ano, com folga confortável em relação ao covenant acordado.
Esses indicadores refletem avanços operacionais relevantes, melhoria sequencial já destacada pelos executivos no call de resultados do 3T25, maior disciplina comercial, incluindo a revisão de aproximadamente R$ 1 bilhão em receitas com baixa rentabilidade, revisão de mix, redução de despesas e melhorias no modelo logístico.
É nesse contexto que ocorre a transição de comando. André Clark, assume com um mandato claro: garantir a continuidade das melhoras operacionais da Companhia, extrair maior rentabilidade e garantir a eficiência nos diversos segmentos e processos que a Companhia está inserida. “O foco agora é seguir trabalhando para aprimorar eficiência e capturar valor, após ciclo de aquisições e integrações, para poder voltar a crescer com rentabilidade e disciplina. Estou animado em fazer parte dessa empresa que desempenha um papel crucial no mercado de saúde do Brasil”.
Byrro permanecerá até o fim de março para assegurar uma transição organizada. “Tive o privilégio de liderar a Viveo e montar um time forte em um período de expansão e transformação profundas. Construímos um ecossistema integrado, fortalecemos a governança e agora após integrações estamos entregando um turnaround consistente. A companhia está preparada para continuar no processo de melhoria operacional, desalavancagem e preparação de um novo ciclo de crescimento sustentável”.
Em nota, o Conselho agradeceu a liderança de Leonardo e destacou que a chegada de Clark reforça “o compromisso com geração de valor de longo prazo e a confiança na sua liderança a partir de 2026”.
A Viveo é um ecossistema que reúne empresas especialistas que atuam desde a fabricação de produtos e distribuição de materiais e medicamentos até a gestão de estoque e serviços para seus clientes e consumidores finais. A Viveo tem o propósito de cuidar de cada vida e a missão de simplificar o setor da saúde e democratizar o acesso por meio do suporte e manutenção em cada elo desta cadeia. É composta pelas empresas: Mafra (unificação das empresas Mafra Hospitalar, Profarma Specialty, Tecno 4, PHD Produtos Hospitalares, Medcare e Expressa), Tecnocold, Prevena, Cremer, Neve, Healthlog, Mafra Especialidades (unificação das empresas Cirúrgica Mafra, Arpmed e Ative), Humania (unificação AzimuteMed e Integra), Insuma (unificação das empresas Famap, Life, Nutrifica e Pro Infusion) e dona das marcas Embramed, Cremer, Topz, Bellacotton, Salvelox, Piquitucho e FeelClean.