Gestão e Qualidade | 12 de janeiro de 2015

Visita de animais ajuda na recuperação de pacientes internados

Pet terapia ganha espaço em hospitais dos EUA
Visita de animais ajuda na recuperação de pacientes internados

Mais de duas dezenas de hospitais nos EUA têm permitido a entrada de cães ou outros animais de estimação nas unidades de internação, inclusive na UTI. A proposta, pouco comum, busca levar mais alegria e bem estar para os pacientes, ajudando assim na recuperação.

O Brasil conta com diversos programas de terapia animal (pet terapia), em que animais treinados – e não os dos próprios pacientes – fazem visitas hospitalares pré-programadas. O hospital Albert Einstein, em São Paulo, contudo, é um dos que aceita a entrada de bichos de estimação dos pacientes internados.

As políticas variam de acordo com as regas de cada instituição, mas muitas compartilham os mesmos requisitos. É preciso autorização do médico do paciente e um atestado do veterinário de que o animal está saudável e com a carteira de vacinação atualizada, bem como é obrigatório o uso de coleira dentro do estabelecimento. Além disso, quando o paciente divide um quarto com alguém, é preciso que ambos concordem antes com a visita do animal.

No hospital da Universidade de Maryland (Baltimore), os pets têm a mesma liberdade de entrar como qualquer outro membro da família do internado. No hospital da North Shore University permite que animais de estimação de pacientes terminais fiquem o tempo todo ao lado de seus donos.

Ao The New York Times, a diretora de serviços de cuidados pastorais da Universidade de Maryland Medical Center, Susan Roy, ressalta que as visitas podem ser pesadas duras para os animais, que se abalam ao encontrar o dono debilitado. “Alguns demoram um ou dois dias para se recuperar de uma visita”, diz.

Estudos internacionais mostram que cães de terapia hospitalar – que passeiam de quarto em quarto – podem pegar germes e transmitir bactérias que causam infecções. Esse risco, no entanto, é menor quando a visita é do próprio animal de estimação do paciente, já que ele só visita o seu dono. A visita não deve ser realizada se o paciente tiver uma ferida aberta ou com uma infecção ativa. Uma pesquisa divulgada em 2010, feita com dez cães de pacientes e outros dois de desconhecidos, mostrou reações semelhantes nos doentes, incluindo relaxamento, redução da pressão arterial e dos níveis de cortisol.

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