Visita de animais ajuda na recuperação de pacientes internados
Pet terapia ganha espaço em hospitais dos EUAMais de duas dezenas de hospitais nos EUA têm permitido a entrada de cães ou outros animais de estimação nas unidades de internação, inclusive na UTI. A proposta, pouco comum, busca levar mais alegria e bem estar para os pacientes, ajudando assim na recuperação.
O Brasil conta com diversos programas de terapia animal (pet terapia), em que animais treinados – e não os dos próprios pacientes – fazem visitas hospitalares pré-programadas. O hospital Albert Einstein, em São Paulo, contudo, é um dos que aceita a entrada de bichos de estimação dos pacientes internados.
As políticas variam de acordo com as regas de cada instituição, mas muitas compartilham os mesmos requisitos. É preciso autorização do médico do paciente e um atestado do veterinário de que o animal está saudável e com a carteira de vacinação atualizada, bem como é obrigatório o uso de coleira dentro do estabelecimento. Além disso, quando o paciente divide um quarto com alguém, é preciso que ambos concordem antes com a visita do animal.
No hospital da Universidade de Maryland (Baltimore), os pets têm a mesma liberdade de entrar como qualquer outro membro da família do internado. No hospital da North Shore University permite que animais de estimação de pacientes terminais fiquem o tempo todo ao lado de seus donos.
Ao The New York Times, a diretora de serviços de cuidados pastorais da Universidade de Maryland Medical Center, Susan Roy, ressalta que as visitas podem ser pesadas duras para os animais, que se abalam ao encontrar o dono debilitado. “Alguns demoram um ou dois dias para se recuperar de uma visita”, diz.
Estudos internacionais mostram que cães de terapia hospitalar – que passeiam de quarto em quarto – podem pegar germes e transmitir bactérias que causam infecções. Esse risco, no entanto, é menor quando a visita é do próprio animal de estimação do paciente, já que ele só visita o seu dono. A visita não deve ser realizada se o paciente tiver uma ferida aberta ou com uma infecção ativa. Uma pesquisa divulgada em 2010, feita com dez cães de pacientes e outros dois de desconhecidos, mostrou reações semelhantes nos doentes, incluindo relaxamento, redução da pressão arterial e dos níveis de cortisol.