Mundo | 9 de agosto de 2013

Vacina poderá dar proteção total contra a malária

Pesquisadores dos EUA desenvolveram vacina que pode ser altamente eficaz contra a doença
Vacina poderá dar proteção total contra a malária

A malária, que mata duas mil pessoas diariamente no mundo, poderá ser combatida por uma nova vacina. A revista Science publicou um estudo realizado por cientistas de sete centros de pesquisa dos EUA, destacando a PfSPZ, que pode ficar marcada como a pioneira entre a próxima geração de vacinas contra a enfermidade.

As pesquisas iniciais constataram que há possibilidade de se obter 100% de proteção contra a doença. No entanto, é preciso ressaltar que os testes foram feitos em um ambiente controlado, com um grupo restrito de voluntários saudáveis.

A vacina foi administrada em cinquenta americanos adultos. Todos foram imunizados e toleraram bem o medicamento. Seis pacientes que receberam cinco doses da vacina deram resposta 100% positiva. Entretanto, a aplicação de forma intravenosa – que se mostrou mais eficiente em relação à subcutânea – pode ser um fator complicador para uma administração em larga escala.

Os pesquisadores agora pretendem ampliar os estudos com base nos seguintes questionamentos: É possível obter o mesmo sucesso em regiões como a África subsaariana (onde há muita exposição ao mosquito transmissor)? Bebês e crianças pequenas, as grandes vítimas da malária, podem ser medicadas com PfSPZ? Será possível desenvolver uma vacina intranasal?

Malária no Brasil

O Brasil registra 500 mil casos ao ano, de acordo com dados da Fiocruz e do Ministério da Saúde. No entanto, a letalidade é considerada baixa e não chega a 0,1% do número total de infectados. A malária é um grave problema de saúde pública na Amazônia (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão), região que registra 99,5% dos casos no País.

Já o Rio Grande do Sul é, desde 1968, considerado “área não malárica”, termo dado por uma comissão de avaliação composta por membros da Organização Mundial de Saúde (OMS), da Campanha de Erradicação da Malária (CEM) e da Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAM).

 

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