Mundo | 15 de novembro de 2013

UV pode melhorar tratamentos de imagem molecular

Pesquisadores suíços mostraram avanços com a hiperpolarização de moléculas
UV pode melhorar tratamentos de imagem molecular

As técnicas de imaginologia médica se consolidaram como uma importante ferramenta para analisar órgãos e suas funções. No entanto a observação molecular, que segue como um desafio a ser superado, avançou conforme mostra o trabalho de uma equipe de pesquisadores suíços da Escola Politécnica de Lousanne, Suíça, publicado na revista PNAS.

A descoberta dos investigadores da EPFL pode otimizar o tempo de tratamento graças à utilização de radicais livres. “Usamos a irradiação UV para hiperpolarizar moléculas de ácido pirúvico”, revelou Arnaud Comment, professor da EPFL e chefe do projeto. A imagem molecular é importante pela possibilidade de identificar novos alvos terapêuticos e oferecer medicina personalizada aos pacientes. O próximo passo é iniciar os testes com seres humanos.

A tomografia por emissão de pósitrons (PET) é amplamente utilizada em oncologia e envolve a injeção de um produto que contenha uma forma radioativa de glicose e pode identificar tumores cujas células consomem mais açúcar do que as células saudáveis. Embora eficaz, o exame não consegue uma boa localização anatômica e, muitas vezes, requer também scanners de raio-x.

Uma alternativa é a ressonância magnética (MRI), mas a detecção do contraste injetado mais precisa, para se obter informação metabólica, continua a ser um problema. Para serem visualizadas através desse procedimento, as moléculas devem ser corretamente polarizadas. Ou seja, orientada na direção do campo magnético do scanner.

Daniel Vigneron, professor da Universidade de San Francisco (EUA) e pesquisador que liderou um dos primeiros ensaios clínicos utilizando piruvato hiperpolarizado, comemorou o resultado dos trabalhos dos colegas suíços. “Vimos que a conversão de ácido pirúvico para lactato é maior em células tumorais do câncer de próstata”, salientou, em reportagem do jornal Le Figaro.

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