Mundo | 30 de janeiro de 2014

Tratamento menos agressivo contra a Hepatite C é apresentado nos EUA

Combinação de dois antivirais pode elevar a taxa de cura para até 98%
Tratamento menos agressivo contra a Hepatite C é apresentado nos EUA

Dois medicamentos utilizados conjuntamente demonstraram maior eficácia contra a hepatite C, segundo resultados de um teste clínico publicado na revista New England Journal of Medicine.

O estudo se concentra na combinação de dois antivirais ingeridos oralmente (daclatasvir e sofosbuvir), dos laboratórios farmacêuticos Bristol Myers Squibb e Gilead Sciences. Os resultados mostram que a utilização dos dois fármacos alcança uma taxa de cura de 98% sem efeitos colaterais significativos.

Para o diretor do Centro de Hepatites Virais da Faculdade de Medicina John Hopkins (EUA), dr. Mark Sulkowski, “esta pesquisa abre caminho para tratamentos seguros, bem tolerados e eficazes para a grande maioria dos casos de hepatite C”, comentou para a revista inglesa. “Os medicamentos padrão contra a doença terão uma melhora considerável até 2015, o que levará a avanços sem precedentes no tratamento dos doentes”, projetou.

O teste clínico (Fase 2) foi realizado com 211 pacientes infectados com uma das principais cepas do vírus responsável por esta infecção hepática crônica, causadora de cirrose ou câncer de fígado, o que torna necessário um transplante. O coquetel foi eficaz mesmo entre os casos de difícil tratamento, para os quais a tripla terapia convencional (telaprevir ou boceprevir, além de peginterferon e ribavirina) não teve bons resultados.

Dos 126 participantes infectados pelo genótipo 1 do vírus da hepatite C que não receberam um tratamento prévio, 98% ficaram curados. Quase a totalidade (98%) dos 41 pacientes que ainda estavam infectados após uma tripla terapia convencional não apresentou vestígio do vírus no sangue três meses depois do tratamento experimental. A taxa foi parecida entre os demais 44 participantes, infectados pelos genótipos 2 e 3 do vírus.

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