Médicos que não comprovarem a fluência no idioma inglês terão mais dificuldade para trabalhar na Inglaterra. O ministério da Saúde do Reino Unido firmou aliança com o órgão de registros GMC (General Medical Council) para, a partir de 2014, passar a exigir a comprovação dos europeus que pedem registros.

O governo pretende alterar as regras para permitir que o GMC faça a exigência. O objetivo principal são os novos pedidos. Contudo, a alteração dá aval para o órgão investigar qualquer médico, de qualquer nacionalidade. Dos 260 mil médicos registrados atualmente no país, 36% são estrangeiros, sendo 26 mil de países da Europa.

O demais 67 mil são obrigados a comprovar conhecimento linguístico e apresentar uma série de documentos, como validação do diploma e experiência na área. De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), 137 brasileiros atuam em terras britânicas.

A medida é inversa à situação atual no Brasil, onde o governo cogita ir à Justiça contra entidades que não concederem registro a 682 médicos com diplomas do exterior que participarão do programa Mais Médicos. Para o CFM, dentre as capacidades não comprovadas desses profissionais, está a falta de fluência em português.