Estatísticas e Análises | 4 de fevereiro de 2021

Pesquisa publicada na Lancet avalia técnica inovadora para o tratamento de asma grave  

Termoplastia brônquica “é uma alternativa indicada para asmáticos graves”, diz Adalberto Rubin, da Santa Casa
Pesquisa publicada na Lancet avalia técnica inovadora para o tratamento de asma grave

Os resultados de um estudo que vem sendo feito em dez hospitais ao redor do mundo – entre eles, o Pavilhão Pereira Filho da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre – foi publicado recentemente na revista Lancet, uma das mais importantes publicações da área médica. A pesquisa diz respeito ao uso de técnica inovadora como nova opção de tratamento para pessoas que sofrem de asma grave, condição que afeta milhares de brasileiros. O estudo BT10 + teve como objetivo investigar a eficácia e segurança da termoplastia brônquica após dez ou mais anos de acompanhamento.

O chefe do serviço de pneumologia da Santa Casa e integrante do corpo clínico Pavilhão Pereira Filho, Adalberto Rubin – um dos pesquisadores do estudo – explica que a termoplastia brônquica, que consiste em tratamento endoscópico para asma, “é uma alternativa indicada para asmáticos graves, que mesmo com o tratamento padrão para sua severidade, persistem apresentando crises frequentes”.

A primeira fase deste estudo foi publicada há 10 anos na New England Journal of Medicine (NEJM), e, agora, a nova versão traz o acompanhamento dos pacientes submetidos ao tratamento. De acordo com o médico da Santa Casa, “o estudo mostrou que os efeitos deste tratamento inovador, feito através de endoscopia respiratória, persistem mesmo após uma década da sua realização”.

Regulamentação no Brasil

Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, cerca de 10 a 15% dos pacientes com asma grave não conseguem controlar a doença com medicamentos convencionais, que são mais eficazes àqueles que apresentam os tipos leve e moderado. Nos Estados Unidos e em países da Europa, a termoplastia brônquica já vem sendo aplicada de maneira regular, entretanto, no Brasil, ainda não há previsão para a regulamentação do seu uso na população em geral.

Com informaçães Santa Casa e foto de Carol Fornasier. Edição SS.



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